Talvez, em termos de aplicação e pelo caráter decisivo da partida, tenha sido a melhor atuação do Flamengo na Libertadores.
Melhor até do que na vitória de 3 a 1 sobre o Emelec no mesmo Maracanã _ a primeira das duas únicas que obteve na competição.
A torcida, porém, não gostou e os jogadores, extenuados, terminaram o jogo ouvindo um coro de 50 mil rubro-negros chamarem o time de "sem vergonha".
É legitima a manifestação, mas com a qual eu não concordo.
E não concordo porque o Flamengo é isso aí _ pelo menos este Flamengo de hoje em dia!
Muita transpiração e pouca inspiração;
Muita aplicação e pouco talento.
Era óbvio que a escalação de Elano desde o início seria um risco desnecessário.
O meia estava há um mês sem jogar e reapareceu num jogo decisivo, contra uma escola que combina bem a correria com disciplina tática.
Mais, até: o setor estava ajustavo, com a marcação ajustada e a recomposição satisfatória.
Bastava o retorno dos laterais titulares (Leo Moura e André Santos) e a aplicação exibida na vitória no Equador _ a segunda sobre o Emelec.
Mas Jayme de Almeida forçou a barra e acabou sendo obrigado a mexer no time com dez minutos de bola rolando.
E posso supor que a presença de Elano foi uma tentativa fracassada de dar um mínimo de talento ao setor de criação.
Mas foi o primeiro tropeço da noite.
O León, que já não vencia há quatro partidas, não teve medo de encarar o Flamengo e a massa rubro-negra que apoiou por quase toda a partida.
Fechou-se em duas linhas compactas, como fez o Vasco no domingo depois de ter um jogador expulso, mas saiu em passes velozes e surpreendentes.
Fez um, e não se abalou com o empate.
Fez o segundo, e não se abalou com empate.
Suportou a pressão no início do segundo tempo, tirando proveito da falta de qualidade dos meias do Flamengo, e levou o jogo sem enfeiar o espetáculo.
Teve até uma ou outra chance de fazer o terceiro gol _ gol que acabou saindo a sete minutos do final, quando o 2 a 2 já lhe caia bem.
Uma ducha de água fria nos rubro-negros _ jogadores e torcedores.
Como no 2 a 2 com o Bolívar, faltou ao time brasileiro quem administrasse o ímpeto, atraísse o adversário e cadenciasse o jogo.
Mas faltou porque isso o Flamengo não tem.
Portanto, dentro da limitação que salta aos olhos o time de Jayme de Almeida jogou no seu limite.
Mais do que isso, este time não tem.
Por ora, é um Flamengo para vencer Estaduais e competições em que a torcida possa fazer o serviço.
Libertadores é outra história...
Fonte: Blog do Filmar Ferreira
SRN
Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/04/Gilmar-Ferreira-define-ate-onde-atual-Flamengo-pode-chegar.html
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