Pilar defensivo do Flamengo na temporada, o volante Cáceres deve voltar ao time domingo, contra o Criciúma, em São Luís, pelo Campeonato Brasileiro. Ele atuou em dois amistosos do Paraguai com o Peru, um tempo em cada. Com isso, deve se reapresentar em boas condições físicas para reforçar o meio-campo.
Nos dois últimos jogos, com Cáceres cedido para a seleção do Paraguai, o Flamengo sofreu seis gols. Antes disso, no empate em 2 a 2 com o Sport, em Recife, ele saiu de campo com o time vencendo por 2 a 0. Os dois gols do adversário saíram nos cinco minutos finais.
Com Cáceres em campo, o Flamengo atuou 29 vezes este ano e sofreu apenas quatro derrotas, três no Campeonato Brasileiro e uma na Copa do Brasil. Em apenas uma delas, o time sofreu mais de dois gols, justamente quando perdeu por 4 a 1 para o Atlético-MG, na eliminação da Copa do Brasil.
Sem o paraguaio, o técnico Vanderlei Luxemburgo optou pela escalação de Márcio Araújo na sua função nos jogos contra Coritiba e Atlético-MG. No segundo tempo do jogo realizado nesta quarta-feira, colocou Amaral em campo para resguardar o time e adiantou Márcio Araújo para a função que está mais acostumado. Ainda assim, não deu resultado.
Nos últimos jogos da temporada, Luxemburgo afirmou que faria experiências já pensando na próxima temporada, na forma como pretende armar o time. A expectativa é de que mudanças possam acontecer nos três próximos jogos para testar outros jogadores.
O Flamengo não tem mais objetivos nesta temporada. Mesmo assim, para o técnico Vanderlei Luxemburgo, o time não pode deixar de estar motivado. De acordo com o comandante rubro-negro, a equipe não pode ficar sendo derrotada pelo Atlético-MG de forma vexatória, como aconteceu na quarta-feira, pelo Campeonato Brasileiro, e na volta da semifinal da Copa do Brasil.
– (A motivação) É inerente ao ser humano. Estava falando com o Kalil (presidente do Atlético-MG). É duro não ter perspectiva de alguma coisa. Única coisa que eles têm que entender é que não passa impune toda hora perder de quatro no Flamengo.
Vanderlei Luxemburgo ainda afirmou que o planejamento para a próxima temporada já começou. Segundo o treinador do Flamengo, os jogadores rubro-negros precisam encontrar um caminho linear para fazer de 2015 um ano melhor do que 2014, no qual a equipe da Gávea praticamente lutou apenas contra a “confusão” do Brasileiro, comparando com as situações do Botafogo, perto de sofrer a queda.
– O trabalho para 2015 começou lá atrás. A observação está existindo, com calma e carinho. Precisamos fazer um ano diferente. O Flamengo não pode jogar como jogou quarta-feira e passar o perigo que estava passando em campo. Temos de encontrar um caminho para estar na elite e vamos encontrar. Com este comportamento do time diante do Atlético-MG, estaríamos na situação do Botafogo – finalizou.
A viagem para Minas Gerais foi de completo insucesso para o Flamengo. Depois de sofrer sua primeira derrota no NBB para o Minas Tênis Clube, terça-feira, o atual campeão voltou a perder nesta quinta depois de estar vencendo por 14 pontos no terceiro período. Desta vez, para o Uberlândia. Numa partida repleta de bolas de três pontos - foram 25 no total - e muitas reviravoltas, o ala Audrey terminou como o herói da vitória dos donos da casa por 101 a 98 (46 a 44) justamente com um arremesso de longa distância a 48 segundos do fim do segundo tempo. Invicta até a terceira rodada, a equipe do técnico José Neto perdeu a segunda consecutiva.
Herói do jogo, Audrey anotou 23 pontos e também terminou como cestinha da partida. Com cinco bola de três em nove tentadas, o americano Caleb Brown também se destacou com 21. Mims ainda anotou 20, e Renan, 12. Pelo lado do time carioca, o argentino Herrmann fez 20 pontos e foi o maior pontuador. Meyinsse e Laprovittola, com 19 cada, e Olivinha, com 13, também tiveram boas atuações.
O JOGO
Um festival de bolas de três. Assim pode ser definido o primeiro quarto em Uberlândia. Foram oito no total. Seis dos donos da casa em 12 tentados, três deles de Caleb Brown, e dois do Flamengo. E foi justamente com um arremesso de longa distância que o americano abriu o placar para o time mineiro. Laprovittola respondeu no ataque seguinte, mas Brown estava inspirado e anotou outros dois tiros de três para o Uberlândia. Marquinhos completou o arsenal a pouco mais de sete minutos para o final.
O ritmo era alucinante, e olha que o especialista Marcelinho ainda não tinha arriscado nenhum chute de três. Aliás, o capitão rubro-negro novamente estava numa noite pouco inspirada. Nos dez minutos que esteve em quadra no primeiro tempo, o ala arremessou apenas uma bola e foi para o intervalo zerado.
Se o primeiro período foi do time da casa, muito em função da boa pontaria de Caleb Brown, que anotou nove, o segundo foi todo do Flamengo. Derrotado por 29 a 23 nos dez minutos iniciais, o atual campeão do NBB passou a frente pela primeira vez a 2'32 do segundo período, numa bola de dois pontos de Herrmann.
E foi justamente o ala-pivô argentino quem comandou a reação rubro-negra. Com 16 pontos anotados, 14 só no segundo quarto, o camisa 1 foi o responsável pela diferença de oito pontos antes do intervalo. O armador Nicolas Laprovittola, que anotou outros 10 pontos, Meyinsse, com nove, e Olivinha, com oito, também se destacaram.
O embalo do Flamengo continuou na volta do intervalo. Assim como no inicio da partida, as bolas de três ditaram o ritmo do jogo. Foram duas de Benite para o Rubro-Negro e uma de Mims para os donos da casa. O time carioca comandava as ações, e a vantagem chegou a 13. Taboada acertou outra de três e o prejuízo diminuiu para 10.
Mas o Flamengo continuava melhor, e até Marcelinho acordou. Zerado no primeiro tempo, o ala acertou duas bolas seguidas e aumentou a vantagem para 14 pontos (70 a 56) a pouco mais de dois minutos para o fim do terceiro período. A impressão que dava é que a diferença só aumentaria, mas um apagão rubro-negro mudou totalmente o rumo da partida. Embalado, o Uberlândia fez 19 a 4 nos três minutos finais e terminou o quarto vencendo por 75 a 74.
O jogo continuou lá e cá e o placar teimava em mudar de lado no começo do segundo quarto. Os donos da casa abriram 80 a 74 e deram a impressão que deslanchariam, mas o Flamengo não estava a disposto a perder a segunda seguida e virou para 83 a 80. Mas o Uberlândia não desistia, e reassumiu a liderança a pouco mais de três minutos para o fim.
A ponta ainda mudaria de lado outras duas vezes, até que Laprovittola anotou uma bola de três a 2'11 para fazer 96 a 94. O argentino ainda sofreu falta e aumentou a vantagem para três pontos a pouco menos de dois minutos para o estouro do cronômetro.
A coisa parecia decidida, mas Audrey deixou tudo igual a 1'37. Olivinha sofreu falta, converteu apenas um lance livre e pôs o time carioca um pontinho na frente. Mas o Uberlândia tinha Audrey. O ala recebeu de Caleb Brown e anotou outra de três, virando o placar para 100 a 98. Neto trocou Benite por Marcelinho, mas foi Laprovittola quem errou a tentativa de três pontos que poderia ter virado a partida. No final, os donos da casa levaram a melhor.
Ontem li algumas reportagens falando sobre quais jogadores estavam quase certos para renovar e me deparei com o nome do capitão ancião que está ansioso pelo 10° ano no Flamengo. Entretanto, importante ressaltar que não são contínuos, já que em 2012 seu contrato não foi renovado e a atual diretoria o recontratou após Léo Moura estar livre no mercado e não ser procurado por nenhum outro clube!
Já que tudo indicava a renovação por mais um ano e que meu companheiro de blog cobriria o jogo no Twitter, resolvi ver a partida prestando atenção no Léo Moura, com foco na lateral direita o jogo todo. O que eu vi não foi novidade, mas fui surpreendida ao ver que ao externar minha indignação muitas vozes ecoavam a mesma opinião nas redes sociais.
Vamos começar com a análise da postura de Léo Moura como capitão. Como todos sabemos o Flamengo perdeu de 4 x 0 para o Atlético-MG, já no primeiro tempo a goleada se desenhava e Paulo Victor fazia uma série de defesas difíceis e, o que poderíamos esperar de um capitão num cenário como este?
No primeiro momento, o capitão deveria procurar orientar a defesa, conversar com o juiz chamando a atenção para o modo como os jogadores adversários estavam jogando forçando e simulando faltas, mas o que vimos não foi nada disto e olhe que o microfone da Globo captou Luxemburgo pedindo que Léo Moura orientasse a defesa ainda no início do 1° tempo. Um capitão de verdade não precisaria ter recebido tal orientação, ele é proativo e tende a ser o comandante em campo, orientar os companheiros, passar tranquilidade, enxergar o jogo.
Quando o Flamengo tomou o 2° gol alguém lembra de ter visto Léo Moura conversar com os outros jogadores em campo? Vê-lo chamar os companheiros pro jogo, motivar, passar instruções, orientar o posicionamento, chamar a responsabilidade ou até mesmo dar uma bronca após um ato de displicência marcando que aquilo não era pelada de fim de ano e sim uma partida de Campeonato Brasileiro assistida por 40 milhões de rubro-negros?
Léo Moura N-U-N-C-A age como capitão, em 2013 todos costumávamos dizer que Elias era o capitão moral, este ano é Wallace, que aliás ontem de tão puto com o time deu uma de David Luiz num lance no 2° tempo e partiu com a bola da defesa até sofrer falta no meio campo. Assim eu pergunto, porque no Flamengo antiguidade tem que ser o critério quando isso é o que menos importa?
Agora vamos analisar Léo Moura em sua teórica função em campo: Lateral Direito. Por definição esperamos que apoie o ataque e recomponha a 1ª linha de defesa impedindo uma chuva de cruzamentos para a área, principalmente quando isto é um ponto fraco do time defensivamente.
Sei que é doloroso, mas se puderem vejam o VT observando Léo Moura em campo. Tardelli e Luan jantaram Léo Moura com farofa, caíram o 1° tempo por ali e sempre passavam pela direita, na maioria das vezes sob as vistas do capitão e, quando raramente este tentava dar o bote, ficava de bunda no chão. Leonardo Moura ainda sempre marca a 1,5 ou 2 metros do adversário, em um lance típico viu Luan receber a bola, dominar, dançar e fazer um belíssimo passe para a entrada da área para o companheiro entrar entre os zagueiros e, detalhe, sem que o digníssimo capitão fizesse qualquer sinal de que tentaria roubar a bola ou tentar bloquear o passe.
Uma das estratégias dele é correr (leia-se trotar como um potrinho) na direção oposta de onde a bola vai, deixando que outros jogadores tentem fazer a marcação enquanto ele fica apenas olhando a meia distância. Em um exemplo simples, no 2° tempo ele se moveu diagonalmente para trás e viu passivamente Gabriel, Nixon e Márcio Araújo tentando recuperar a bola a 2 metros de si.
Agora vamos analisar os lances dos gols, que estão no vídeo abaixo.
No 1° gol temos uma cobrança de escanteio, observem dos 9 aos 11 segundos que Léo Moura –posicionado na 2ª trave – vira a cabeça e vê Luan sozinho e continua paradão dentro da pequena área –onde a bola é do goleiro – ao invés de marcar Luan que depois vai receber a bola e fazer o gol nas costas do Léo Moura.
O 2° gol foi uma pancada fortíssima do Tardelli em cobrança de pênalti no meio do gol, Paulo Victor ainda toca na bola, mas não a impede de entrar. E o Léo Moura? Ele fez o pênalti em lance estúpido e infantil, típico dos pênaltis dele, mas que se fosse do Marcelo ia ter até protesto de organizada na Gávea exigindo que fosse devolvido ao invés de ter o contrato renovado.
Na jogada do 3° gol Léo Moura está “marcando” o jogador que tem tanto espaço e calma para fazer o passe, que enxerga a movimentação de Dátolo, faz um baita lançamento que o permite ir a linha de fundo quase sem marcação e cruzar para Luan completar.
No 4° gol observem que Léo Moura está na entrada da grande área, ele ameaça ir para a lateral e volta, a jogada toda sendo tramada na frente dele entre 2 jogadores, com apenas 2 jogadores do Flamengo na marcação e ele não tenta ajudar, vejam como Tardelli e Dátolo passam pelo Léo Moura sem que este tente ao menos segui-los para disputar a bola. Simplesmente o capitão assiste ao jogo procurando se afastar do lance para não atrapalhar, quase como se fosse o juiz e não um dos jogadores.
Agora vamos pensar no desempenho ofensivo… cri… cri… cri… é, não houve absolutamente nada de útil que ele tenha feito ofensivamente no jogo, mal passou da linha do meio de campo. Aliás isso é uma frequente com ele como os números de gols/assistência/jogos abaixo comprovam:
André Santos: Carioca (0/4/9), Libertadores(1/1/4), Brasileiro(0/0/8)
Anderson Pico: Brasileiro (1/1/6)
João Paulo: Carioca (1/2/9), Libertadores(0/1/2), Brasileiro(0/6/25), Copa do Brasil(0/0/5)
Léo: Carioca (2/0/6), Libertadores(0/0/1), Brasileiro(0/2/3), Copa do Brasil(0/0/1)
Léo Moura: Carioca (0/0/9), Libertadores(0/1/4), Brasileiro(1/0/31), Copa do Brasil(0/0/4)
Detalhe: Léo não jogou a boa parte desses jogos como titular, assim como João Paulo que era reserva até a saída de André Santos e que hoje ainda reveza com Anderson Pico entrando às vezes no 2° tempo.
Como podem ver, Léo Moura é de longe o lateral que mais jogou esse ano e ao mesmo tempo o que menos contribui para o placar positivamente, sendo seu único gol de pênalti. Portanto, não é falácia quando dizem que Léo Moura mal vai a linha de fundo e que não é minimamente importante para o ataque do time.
Defensivamente a situação é ainda mais explícita! Luxemburgo joga com 3 volantes no meio campo, sendo Márcio Araújo o volante da direita que tem por objetivo “jogar pelo Léo Moura”, seja ofensivamente tramando as jogadas com o ponta ou defensivamente cobrindo a lateral.
Ontem, Luxemburgo usou a formação que ele adiantou querer usar em 2015, um 4-2-3-1 com um meia entre Éverton e Gabriel, mas para isso seria necessário trocar um volante por um meia. O que aconteceu? Luxemburgo teve que colocar mais volantes no 2° tempo já que Léo Moura não marca absolutamente NADA!
Agora eu lhes pergunto: Como é possível que o Flamengo queira renovar com um jogador que exige que haja um outro jogador em campo para desempenhar as funções que lhe caberiam? Como manter um jogador que além de não contribuir em campo ainda é incapaz de usar sua experiência para dar estabilidade e foco aos companheiros quando esta é necessária, seja no Brasileiro, na Copa do Brasil ou na Libertadores?
Que o Flamengo faça um jogo festivo em dezembro, após o final da temporada, e entregue uma plaquinha pelos serviços prestados, encerrando a carreira de Léo Moura como jogador do Flamengo. A diretoria tem que se comportar como os empresários que são e decidirem pela razão e não motivados pelo emocional de parte (que nem maioria é) da torcida e de suas memórias.
Quem quiser apoiar o movimento, deixe bem claro para o clube pedindo a não renovação do Léo Moura direcionando para seu perfil @Flamengo a mensagem com a hashtag #ForaLeoMoura.
Assim como na edição passada, a primeira derrota do Flamengo nesta temporada também ocorreu na quarta rodada. Só que ao invés do Pinheiros, o algoz rubro-negro da vez foi o Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte. Capital que ultimamente não tem trazido muita sorte ao atual bicampeão da competição. Pelo segundo ano consecutivo, o time mineiro bateu os cariocas como mandante. Nesta quinta-feira, às 20h, a equipe comandada por José Neto volta à quadra em busca da reabilitação no NBB, novamente em solo mineiro, mas desta vez em Uberlândia, local de boas recordações para os rubro-negros.
Coincidências e retrospectos à parte - o Flamengo derrotou o Uberlândia em solo mineiro na temporada passada -, o técnico José Neto reconhece que o Flamengo não fez uma boa partida diante do Minas e que ainda pode render muito mais ao longo da competição.
- Ontem não fizemos um bom jogo, ao contrário do Minas, que teve méritos para vencer. Foi nossa primeira derrota no campeonato e temos que saber tirar lições dela. Assim como nas vitórias procurarmos evoluir. É desta maneira que encaramos um resultado adverso - disse Neto.
Com três vitórias em quatro partidas nesse início de NBB, o comandante rubro-negro destaca o caráter dos atuais bicampeões nacionais e aposta na recuperação da equipe diante do Uberlândia, que vem de uma suada vitória em casa diante do Macaé, por 81 a 80.
- Sem dúvida nenhuma que não estamos no nosso melhor, mas temos uma coisa importante a nosso favor que é conhecer o caminho da vitória e saber superar as adversidades Tenho uma confiança muito grande no caráter de nosso grupo e vamos seguir nosso planejamento para atingir nossos objetivos - afirmou.
O mau desempenho da equipe rubro-negra foi bem assimilado pelo grupo. Um dos destaques da equipe rubro-negra nas partidas válidas pela pré-temporada da NBA, em outubro, Olivinha admite que a equipe pecou demais ofensivamente.
- Não fizemos um bom jogo ontem, nosso ataque não fluiu como nos outros jogos e permitimos muito rebotes ofensivos da equipe do Minas. Eles se aproveitaram desses fatores e conseguiram a vitória com méritos - disse o camisa 16 do Flamengo. Temos que consertar esses erros e entrar focados na partida contra o Uberlândia. Sabemos que será um jogo complicado, mas vamos para entrar em quadra para tentar reencontrar o caminho das vitórias - destacou.
Com a derrota para a equipe mineira por 78 a 76 na terça-feira, a equipe carioca soma três vitórias em quatro partidas e caiu para a quarta colocação na tabela. Na contramão do atual campeão, o Uberlândia conquistou seu primeiro resultado positivo na competição em três jogos disputados e aparece apenas na 11ª posição.
Uma das maiores rivalidades nacionais do futebol brasileiro, Atlético-MG e Flamengo se enfrentaram novamente nesta quarta-feira e, mais uma vez, o Galo goleou o Rubro-Negro. A vitória de 4 a 0 obtida no estádio Independência resultou em muita provocação por parte da imprensa mineira com os cariocas. O jornal "O Tempo", inclusive, fez sua capa com uma paródia do hino do time da Gávea e fez também uma referência à goleada na semifinal da Copa do Brasil, quando os atleticanos eliminaram o rival com um 4 a 1: "Uma vez no Flamengo, sempre no Flamengo!", estampava o jornal. Já o caderno de esportes do diário "O Estado de Minas", o enfoque foi ainda mais provocativo: "Outro baile no freguesão".
Convidado do "Redação SporTV" desta quinta-feira, o jornalista Jaime Júnior detalhou a importância do clássico brasileiro para o torcedor atleticano. O comentarista também ressaltou a importância do técnico Levir Culpi nos confrontos recentres entre Galo e Flamengo nas últimas semanas.
- Um detalhe interessante: como é importante um clube contratar um treinador que conhece a história do clube que ele vai treinar e o Levir é esse treinador que conhece a história do Atlético-MG, sabe bem como o torcedor atleticano se comporta e como é importante enfrentar o Flamengo. Para o atleticano, é como quando o Galvão Bueno diz que é "gostoso ganhar da Argentina". É uma rivalidade construída ao longo dos anos e que torna todo jogo sempre muito especial. Ontem, o "placar moral" da partida seria 5 a 0, porque a arbitragem errou ao anular um gol legal do Atlético-MG, e se não fosse a trave ou o goleiro Paulo Victor, seria 7 ou 8 a 0.
Na década de 1980, nos duelos entre Atlético-MG e Flamengo, que decidiram títulos no Campeonato Brasileiro e classificação na fase de mata-mata da Libertadores de 1981, os rubro-negros levaram a melhor nos confrontos e deram início à grande rivalidade.
Com a vitória do Atlético-MG sobre o Flamengo pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro, os mineiros chegaram aos 61 pontos e entraram no G-4, na quarta colocação. Já os cariocas estacionaram na décima posição, com 47 pontos. O Galo terá pela frente na reta final da competição Internacional (Beira-Rio), Coritiba (Independência) e Botafogo (Maracanã). Os rubro-negros encerram a temporada contra Criciúma (Castelão), Vitória (Arena da Amazônia) e Grêmio (Arena do Grêmio).
A tarde/noite de ontem foi esquisita. Tudo parecia uma cópia mal feita daquela outra quarta. Você sabe qual.
Mesmo adversário, mesmo dia da semana.
Como se fosse um rascunho daquela data, os vôos mochilanos eram parecidos. Os meus, com requintes de mesmice, eram exatamente os mesmos. O de ida estampando um belo 666 na tela do aeroporto. Ainda mais, como se fosse um roteiro do mesmo filme, até minha blusa e a do meu filho eram as mesmas.
O Déjà vu se tornou mais grosseiramente grave quando saquei da mochila o cartão de embarque trocado, exatamente da mesma forma de outrora.
De diferente? Não havia um mar de gente trajando o negro e o vermelho nos aeroportos, rodoviárias e estradas que levam à BH. Na saída antecipada do trampo, no lugar de admiradas e elogiosas perguntas de “Você vai lá hoje? “, vindas dos patrões e companheiros de trabalho, muitos deles desejando ir também, uma enxurrada de críticas das mesmas pessoas. Traidores e debochados comentários de “vai fazer o que lá, maluco?”
Outra sublime e confortável diferença: chegar no estádio 40 minutos antes da bola rolar e comprar ingresso sem fila alguma. Barato, sem tumulto, caminhos livres para a arquibancada. Nada como uma boa sapatada pra facilitar as coisas. Ainda que eu prefira, por razões óbvias, o tumulto e o caos dos bons momentos da nossa equipe.
Começa o jogo. E o Flamengo até se porta bem, com algumas chances aqui e acolá. Penso em uma vitória movida pela falta de compromisso com o resultado. Praticamente uma pelada de final de ano entre rivais tão… Tão rivais.
Com o passar do tempo… Gol do Galo. Tal qual naquela outra noite você-sabe-qual, o Flamengo se desestrutura com o ligeiro revés. O que acaba gerando mais um gol e desestrutura maior. E mais gol… E ainda mais um outro.
Quatro outra vez. Nas redes sociais começa o longo arrastar de correntes. Lamúrias, reclamações, e até mesmo um ou outro comentário desrespeitoso para com o clube que muitos amam (ou dizem amar) e arremessam pedregulhos na mesma medida.
No jogo você-sabe-qual, fiquei com a sensação de que o nosso gol inaugural do placar, dada a vantagem conseguida na partida do Maracanã, foi o motivador de tanta estupefação com o resultado final. Analisando friamente, achamos um gol enquanto as coisas em campo pendiam bem mais pro lado de lá mesmo.
Tira-teima ontem à noite. Um Atlético que nem parecia tão empenhado assim, acabou nos derrotando com mais quatro gols. Pra que tapar o sol com a peneira? Somos o FLAMENGO e eles são o Atlético, mas nesse momento, os mineiros estão com uma equipe bem melhor que a nossa. Simples assim. Demérito algum.
Estamos a ajeitar nossa casa. E eu nem estou esperando grandes contratações para 2015. Ontem, enquanto a Fla Mochila tocava normalmente sua vida, rindo aos borbotões passado o jogo, proferi frase séria em tom de brincadeira.
Esses merdas que nos aguardem em 2016.
CURTAS
MELHOR MOMENTO DO CAMPEONATO. Voltar de jogo fora e chegar no Rio de Janeiro sem precisar ir para o trabalho. Valeu MESMO Zumbi.
FLA MOCHIQUE.Orgulho de ter a presença de 100% do núcleo-base na noite de ontem. Piloto mineiro deixando e buscando quase dentro da arquibancada. Fazendo as vezes de guarda-volume e tudo o mais. A não-organizada mais organizada do mundo.
BUTTMAN. Se o treco foi outra vez feio no gramado, relativamente, a proporção poucos torcedores x quantidade de gostosas no Independência tava uma belezura. Belas bundas mineiras.
Livre do rebaixamento, o Flamengo não ofereceu resistência ao Atlético-MG, que briga por uma vaga no G-4 do Campeonato Brasileiro. Com um time envolvente, o Galo goleou por 4 a 0, no Independência, e teve sua atuação elogiada por Edinho. Comentarista do SporTV, o ex-jogador destacou a velocidade dos mineiros, que não deixaram os cariocas finalizarem a gol no primeiro tempo. Em toda a partida, o time comandado por Vanderlei Luxemburgo acertou apenas dois chutes na meta de Victor.
- O Atlético-MG esteve muito bem, teve intensidade na partida. Colocou pressão, volume e envolveu o Flamengo com muita velocidade. O Flamengo não conseguiu acompanhar essa velocidade. É claro que o Levir explicando que o Flamengo poderia estar desmotivado, sem tanto empenho na partida, mas isso ficou ainda mais evidente com a velocidade e intensidade que o Atlético-MG colocou em campo. Os jogadores pressionaram o tempo todo o time do Flamengo, que não deu um chute a gol no primeiro tempo. O Atlético-MG pressionou o tempo todo. Poucas vezes eu vi uma equipe dominar plenamente a outra como vi nesta quarta-feira.
Ex-jogador da seleção brasileira, Edinho destacou a atuação Luan, autor de dois gols na noite de quarta-feira. De acordo com o comentarista, a disposição do atacante dentro de campo contagia os seus companheiros.
- Pela dinâmica, pela movimentação, pelo empenho e velocidade que o Luan coloca durante a partida. Ele consegue isso na transição rápida da defesa para o ataque. Quando ele perde a bola, já inicia a marcação. Isso faz com que o time siga o seu exemplo.
Em quarto lugar na classificação do Brasileirão, o Galo enfrenta o Internacional sábado, às 19h30 (de Brasília), no Beira-Rio. O Flamengo, que está na 10ª posição, recebe o Criciúma domingo, às 17h, no Castelão.
Já pensou em você tendo uma aula de futebol com eternos ídolos do Flamengo, como Adílio, Andrade e Julio César Uri Geller? Quinze sócios-torcedores que se inscreveram para a ação promocional Oficina de Craque, ganharam o direito de participar dessa experiência, no campo society da sede do clube, na Gávea, e a TV Fla acompanhou tudo.
Aquecimento, treinamento de fundamentos e movimentação tática foram as atividades propostas pelos ilustres professores para os alunos se prepararem para o esperado jogo contra o Time Master do Flamengo. Os craques venceram a partida, mas todos ganharam um momento inesquecível.
"Já acompanhamos pela arquibancada e estar próximo deles hoje é uma felicidade imensa, para guardar para o resto da minha vida", disse emocionado Rafael Romão, um dos sócios-torcedores.
Julio César Uri Geller lembrou da importância dos rubro-negros se associarem ao Nação. "É fundamental ser sócio-torcedor, ajudar o Flamengo. Quem sabe ainda conseguir vir treinar com a gente. Espero você também", convocou o craque. Atenda o chamado do craque e jogue junto: seja agora sócio-torcedor.
Flamengo Futebol Americano (FFA) é o time com o maior número de jogadores convocados entre os 72 atletas chamados pela Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA), com 11 representantes na lista, sem contar com o head coach Otávio Roichman, coordenador ofensivo da Seleção. Os atletas foram chamados para um período de treinos no Rio de Janeiro, nos dias 20 e 21 de dezembro, em preparação para o jogo eliminatório da Copa do Mundo, que será disputado em janeiro de 2015, contra o Panamá.
Durante este período de treinos, o Brasil Onças disputará um amistoso contra uma seleção carioca. Depois, haverá uma seletiva que cortará atletas da lista de 72 jogadores, que deve cair para aproximadamente 45. Os selecionados nesta nova convocação seguirão para treinamentos em Recife, quando a Seleção disputará outro amistoso, contra uma seleção do Nordeste. O local do duelo por uma vaga na Copa do Mundo de 2015 também já está definido. Brasil e Panamá irão se enfrentar no estádio Rommel Fernandez, na Cidade do Panamá, no dia 31 de janeiro de 2015.
"Não sabemos muito sobre o Panamá, não existem muitos vídeos de jogos disponíveis para estudarmos, então, desta forma, o foco será na nossa Seleção. O favoritismo é todo deles, que jogam futebol americano há muito mais tempo do que o Brasil, contando com ligas organizadas há mais de 20 anos. O Brasil vem surpreendendo o mundo com sua evolução no esporte, e em muito pouco tempo somos a Seleção mais forte da América do Sul e esperamos conquistar essa vitória e a vaga inédita para Copa do Mudo na Suécia em 2015", analisou Otávio Roichman.
O Flamengo, que brigou até o fim na partida válida pelas quartas de final do Torneio Touchdown, mas foi eliminado pelo Paraná HP, mostra que virá forte para alçar voos mais altos na próxima temporada, voltando a ser base da Seleção Brasileira. Em abril deste ano, o Mais Querido figurou com oito representantes no Brasil Onças, para amistoso contra o Uruguay Charruas. Na ocasião, com boa atuação dos atletas rubro-negros, a Seleção venceu por 49 a 0.
Confira a lista completa de rubro-negros convocados:
Flamengo e Botafogo começaram a decidir na tarde dessa quarta-feira (19) a 29ª edição do Torneio Octávio Pinto Guimarães, competição de futebol sub-20 equivalente ao estadual da categoria no segundo semestre. Finalistas também nos dois anos passados, os rivais fizeram o primeiro jogo da final de 2014 na Gávea, com presença de um bom número de torcedores, a maioria do Flamengo, que viram o time de juniores marcar – gols, vencer um jogo eletrizante e ficar bem próximo da taça, restando agora apenas 90 minutos para, quem sabe, soltar o esperado grito de campeão, que está entalado na garganta. Confira como foi:
Ansioso durante os dias que antecederam o primeiro jogo da final, Douglas Baggio precisou de apenas dois minutos para abrir o placar e levantar a torcida Rubro-Negra, mostrando-se decisivo como sempre em jogos importantes. Mal sabia ele que aquele seria seu último lance na partida. Depois da comemoração, o atacante sentiu a coxa e teve que ser substituído por Darlan. Mas o Fla não sentiu a perda de seu artilheiro no jogo e conseguiu o segundo gol aos 13 minutos, em uma bela cobrança de falta de Jajá. A tranquila vantagem não fez com que o Fla diminuísse o ritmo; pelo contrário, a sessão grandes jogadas seguiu constantemente. Numa delas, Matheus Sávio partiu pra cima do marcador Dill e sofreu a falta, que resultou em cartão amarelo para o adversário. Logo na sequência, Jajá quase marcou mais um, depois de um bate rebate que terminou com o goleiro alvinegro espalmando para escanteio e não permitindo que o prejuízo fosse aumentado tão cedo. Pressionado, o Botafogo conseguiu levar perigo em um contra-ataque e teve um pênalti marcado a seu favor, diminuindo na cobrança de Jean. Mas não deu nem tempo do rival comemorar, pois antes mesmo do primeiro tempo terminar, Darlan recebeu um cruzamento na área e completou de peixinho, levando 3 x 1 para o vestiário.
Na volta para o segundo tempo, o botafoguense André descontou pra 3 x 2, mas o Flamengo voltou a responder rápido e marcou o quarto com Nathan, que recebeu um cruzamento de Léo Henrique e encobriu o goleiro com um toque caprichoso. Poucos minutos depois do gol, Nathan foi substituído, dando lugar para Matheus Trindade. Na última alteração, o técnico Zé Ricardo, que está com 100% de aproveitamento, colocou Juan Felipe e tirou Matheus Sávio, já pra cadenciar e segurar a bola com jogadores descansados. O placar não sofreu mais alterações e a vitória por 4 x 2 deu ao Flamengo o direito de perder por até um gol de diferença no confronto de volta para conquistar no tempo seu oitavo título do Torneio OPG (é o maior campeão: 7 vezes). Em caso de vitória alvinegra por dois gols de diferença, a decisão vai para os pênaltis. O segundo jogo da final está marcado para às 16h do próximo sábado, no estádio Nivaldo Pereira, no distrito de Austin, em Nova Iguaçu, na baixada fluminense. Nas edições anteriores, com confrontos diretos, o Flamengo faturou o troféu em 2013, enquanto o Botafogo deu o troco no ano passado, vencendo nos pênaltis, tendo a decisão desse ano válida como um tira-teima da categoria. Vamos Flamengo!
A classe dentro de campo trouxe títulos e diversas vitórias para o Mais Querido, assim como a carreira como técnico rubro-negro. Luíz Carlos Nunes da Silva, o Carlinhos, recebeu o apelido de Violino pela graça e precisão nos gramados, mas poderia ser pela música que os times que comandou como técnico jogaram também. No dia de hoje, o craque completa 77 anos.
Como volante, participou das conquistas de dois campeonatos estaduais e do Torneio Rio-São Paulo de 1961. Jamais foi expulso de campo e é apontado como um dos maiores do futebol brasileiro. Ao se aposentar, repetiu o gesto de Biguá em 54 e entregou suas chuteiras para um certo Arthur Antunes Coimbra, o Zico. Não era o final da era Carlinhos pelo Flamengo, apenas um novo começo.
Em 1983, iniciava sua carreira como técnico do time profissional do Mais Querido e fez parte da campanha do tricampeonato brasileiro. Entre os títulos que conquistou na segunda carreira, em 1987 e 1992, comandou os times rubro-negros que se sagraram tetra e pentacampeões nacionais. Em 1999, foi o técnico campeão da Mercosul, conquistando o título fora de casa com gol decisivo de Lê. Em 2011, o ídolo foi homenageado com um busto na "Praça Carlinhos", na Gávea.
O técnico Cláudio Caçapa convocou nesta quarta-feira a Seleção Brasileira Sub-15 para a disputada da BH Cup. A competição será realizada em Belo Horizonte entre os dias 5 e 14 de dezembro. Foram relacionados 22 jogadores nesta lista.
Confira os nomes dos jogadores convocados. A apresentação está marcada para o dia 1 de dezembro.
Goleiros
Arthur Gazze (São Paulo) e Mateus Raffler (Internacional)
Zagueiros
Hiago Ribeiro (São Paulo), Miguel Alcântara (São Paulo), Patrick da Silva (Flamengo) e Guilherme Abreu (Gremio).
Douglas Bohm (Internacional), Iago Oliveira (São Paulo), Leandro da Silva (Flamengo), Marco Antônio (Cruzeiro), Rafael Navarro (Fluminense), Serginho (Corinthians) e Mateus Cardoso (Grêmio).
Atacantes
Felippe Vargas (Internacional), Lincoln Corrêa (Flamengo), Matheus Pereira (Corinthians), Vitinho (Corinthians) e Vinícius (Flamengo).
Mesmo durante o tempo em que passou sem ter cargo político – oficial – nos clubes do futebol carioca, Eurico Miranda nunca deixou de circular pelos corredores da Ferj. Mas nesta quarta-feira, na primeira reunião pública na entidade desde que foi eleito para voltar à presidência do Vasco, o mandatário fez questão de dizer nas entrelinhas: “Eu estou aqui”. O encerramento do Fórum de Debates do Futebol Carioca não teve a presença de Eurico durante o tempo todo, mas quando ele esteve no auditório foram várias “euricadas”, num comportamento já conhecido.
A primeira intervenção aconteceu depois que o presidente da Ferj e aliado, Rubens Lopes, disparou a “metralhadora” contra os quatro grandes do estado por não terem participado efetivamente das discussões sobre o futebol do estado, tendo como alvo mais específico as diretorias de Flamengo e Fluminense, que assinaram em março um documento exigindo mudanças na gestão. O Vasco também foi citado por ter assinado, e Eurico interveio.
- Como o Vasco foi citado, eu vou atrapalhar. No meu conhecimento, o Vasco se retratou. Se não se retratou, tá retratado. O Vasco não concorda com nada o que foi escrito aí. Os outros não me importa. Já houve a retratação – disse o novo presidente do Vasco.
O presidente do Vasco também é contra a concessão de gratuidades sem delimitação de um limite e outras restrições.
- Essa é uma medida impopular. Há medidas práticas e não se tomam porque não querem. Tem que destinar um local separado para as gratuidades. Hoje, o sujeito entra e vai para outros lugares. Tem que ter um limite. Acabou, acabou. Isso não vai contra a lei e você traça normas. Mas a minha sugestão é: bota só meia-entrada. Acabou inteira. Só vai vender meia-entrada.
Quando surgiu o assunto sobre os clubes devem dar ou não ingressos às torcidas organizadas, mais uma “euricada” em tom ríspido:
- Se eu entender, dou ingresso e não dou satisfação a ninguém. Se quiser dar, vou dar e não vou dar satisfação a ninguém. Isso não tem nada a ver com gratuidade. A gratuidade é imposta. Se distribuí ingressos, é problema meu. Pago o tribuno necessário, mas é uma decisão interna.
Em outro momento, ainda sobrou para o economista Fernando Ferreira, da Pluri Consultoria, citado por Rubens Lopes por ter afirmado que o Brasil não tem um calendário definido.
- Calendário não é do agrado dele, ele diz que falta calendário – alfinetou Eurico, que deixou a Ferj antes do fim do evento.
Antes do início da partida, em resposta a um repórter, Luxemburgo confirmou quando perguntado sobre o planejamento do futebol para 2015. Sim, e estava escalando Mugni e Anderson Pico, nesse sentido. O Argentino pode-se erguer uma dúvida em relação ao seu contrato. Se encerra ao fim deste ano ou não. Mas o fato principal da partida – que não é só dessa, como de muitas outras – é o excesso de previsibilidade do Flamengo quando a frente do marcador.
O Coritiba foi ao Maracanã num 4-3-2-1, para enfrentar o Flamengo num 4-2-3-1 com: Paulo Victor; Léo Moura, Wallace, Samir e Anderson Pico; Márcio Araújo, Canteros, Gabriel, Everton e Mugni; Nixon. Márcio Araújo e Canteros como volantes, Gabriel e Everton nas pontas com Mugni centralizado e Nixon isolado.
Assim jogou o Flamengo, no contra-ataque, que virou tradicional após a chegada de Luxemburgo e numa ótima partida de Héctor Canteros. Já quem fez uma partida razoável foi Lucas Mugni, autor do primeiro gol da tarde. Aos 18 minutos do primeiro tempo, Everton enfiou bola para Nixon na ponta direita, que achou Mugni sozinho na ponta esquerda. Bola cruzada rasteira e batida com o pé direito no canto esquerdo de Vanderlei. Abertura de placar no Maracanã.
O Coritiba era com Alex, o famoso “joga nele e reza”. E assim dificilmente fluiria. O time paranaense resolveu apertar o Flamengo e o jogo ficou truncado no meio-campo. Ninguém conseguia mais avançar. Alex tentou, mas nada conseguiu.
No retorno ao segundo tempo, o jogo continava truncado, porém parecia mais propício para mais chances a Gabriel e Everton. E aos 12, a chance veio. Gabriel partiu pela ponta direita, passou pela marcação e esperou o momento certo para tocar e Everton chegar empurrando pro gol. Dois a zero, e teoricamente o jogo estava resolvido. Só na teoria.
Gabriel, Everton e Nixon com mobilidade constante, trocavam passes e faziam o que queriam com a defesa do Coritiba. Numa das movimentações, Anderson Pico era quem participava. Tabelou com Everton e o deixou na entrada da área. Everton tentou passar e foi derrubado. Pênalti duvidoso e mal cobrado por Chicão, que perdeu.
O placar apontava dois a zero e o risco iminente de reação do Coritiba, pois ainda eram 21 minutos. O Flamengo relaxou com o placar e chamou o Coritiba pro seu campo. Ele foi, e com Joel diminuiu. Um chute seco, de direita, na entrada da área de Paulo Victor.
Canteros que vinha de boa partida, apareceu mais uma vez. Achou Nixon livre na frente de Vanderlei. Que driblou o goleiro e tocou pro gol. Três a um. Resolvido? Ainda não!
Em cruzamento pra área, Joel fez de cabeça. O segundo dele, o segundo do Coritiba. Que podia buscar o empate, mas o Flamengo preferiu tocar bola, receoso, porque às vezes é como se vencer por goleada (tendo chances) fosse um crime. Foi o último jogo do Flamengo no Maracanã, este ano pelo Campeonato Brasileiro. Com 47 pontos, livrou-se de qualquer chance de rebaixamento e agora é continuar o dito planejamento – segundo Luxemburgo , que já está em curso. Dois mil e quinze ainda não será o melhor ano do Flamengo, mas com inteligência e sabendo encaixar as peças nos devidos lugares, dá pra brigar por algo decente.
O basquete está longe de ser o esporte mais popular no topo da cadeia de dezenas de esportes que o Flamengo agrega. Mas todos hão de concordar que o basquete é de longe o esporte que mais cresce em termos de títulos, marketing e gestão aos olhos da Nação Rubro-Negra. Hoje é muito comum que o “Orgulho da Nação” como é chamado o basquete, dívida as atenções com o futebol.
Tudo começa por uma ótima gestão no setor que conta hoje com o Vice-Presidente de Esportes Olímpicos, Alexandre Póvoa e o Diretor de Esportes Olímpicos, Marcelo Vido. Sem vaidades ou politicagem, mantiveram em 2013 a base que já vinha muito sendo montada na gestão anterior.
Vale sublinhar que como todas as modalidades dos Esportes Olímpicos, o basquete não era autossustentável e dependia de receitas oriundas de outras áreas do Clube como o futebol que sempre bancou tudo e ficava com o rombo no orçamento. Não havia planejamento de marketing e muito menos um plano rentável para sua independência financeira.
Para o NBB de 2013 foram contratados alguns jogadores que se integraram a base já montada. Sem engenharia financeira ou loucuras, os jogadores foram pinçados para preencherem as vagas carentes. O Flamengo conquistou o título da NBB que lhe credenciou para a Liga das Américas deste ano.
Em 2013 foi lançado o Projeto Anjo da Guarda Rubro-Negro que consistia na doação de 6% do seu imposto de renda para o Flamengo. Ainda dava a opção de escolher os esportes a receber a contribuição. Ao fim do primeiro ano do projeto, o Flamengo conseguiu arrecadar R$ 1,2 milhões.
Com uma politica pé no chão e sendo comandado muito bem na quadra por José Neto, o Flamengo alçou esse ano o seu terceiro título da NBB e o título da Liga das Américas. O título sul-americano deu ao Flamengo a vaga para disputar o mundial contra o Maccabi Tel Aviv. Dias antes dos dois jogos decisivos contra o time de Israel, tive a oportunidade de perguntar ao José Neto no programa 90 Minutos do Falando de Flamengo qual o impacto causado dos projetos incentivados teve para o Basquete. José Neto respondeu que hoje o basquete do Flamengo é uma modalidade totalmente autossustentável no Clube.
O marketing é outro ponto a destacar. As camisas do basquete assim como no futebol vem causando uma enorme ansiedade quando estão para ser lançadas. A procura pelas camisas do campeão de tudo do basquete também é grande. Em toda loja do Flamengo é obrigatório o Manto Sagrado das quadras. Outra grande bola dentro, ou bola na cesta foi o convite que o Flamengo recebeu para jogar a pré-temporada da NBA. Em outubro, o Flamengo embarcou para os Estados Unidos para jogar contra o Phoenix Suns, Orlando Magic e Memphis Grizzlies. Ações como essa ajudam a internacionalizar a marca do Clube e o futebol deixa muito a desejar nesse quesito.
Tudo isso não seria possível se o Flamengo não tivesse um basquete campeão e bem gerido.
É bom o departamento de futebol dar uma olhadinha no basquete e absorver o que de positivo pode ser feito!!!
Gilberto da Silva Melo nasceu no dia 25/4//1976 e jogou 116 partidas pelo Flamengo entre 1996 e 1997, marcando quatro gols.
Irmão do também jogador rubro-negro Nélio, que atuava no meio-campo, Gilberto foi um lateral–esquerdo habilidoso que deu os primeiros passos no futebol no América-RJ , mas foi revelado e se profissionalizou nas divisões de base do Mengão conquistando com o Manto-Sagrado o Campeonato Carioca de 1996, a Copa Ouro Sul-Americana no mesmo ano e a Copa dos Campeões em 1997.
Em 1996, o Flamengo foi campeão estadual invicto. Sob o comando de Joel Santana, o time formado por Roger (Zé Carlos), Alcir (Zé Maria), Jorge Luís, Ronaldão, Gilberto, Mancuso, Márcio Costa, Nélio, Marques, Sávio e Romário ganhou os dois turnos da competição (conquistou a Taça Guanabara, vencendo o Vasco por 2 a 0 — gols de Romário e Sávio — e ganhou o segundo turno ao empatar com o Vasco em 0 a 0). Foi o quarto título estadual invicto da história do clube de maior torcida do país.
No Brasileiro de 1996, Gilberto começou a disputar a posição com Athirson.
No ano seguinte, o Flamengo ganhou a Copa dos Campeões Mundiais. No primeiro jogo da competição o Mengo empatou em 0 a 0 com o Santos; no segundo, empatou com o São paulo em 2 a 2 e no terceiro, derrotou o Grêmio por 4 a 2. O Fla decidiu o título contra o São paulo venceu o jogo por 1 a 0 (gol de Iranildo). Apesar de jovem, o time atuou muito bem A zaga — formada por Junior Baiano e Fabiano — se portou de forma impecável na final. Lúcio e Iranildo também foram destaque na competição.
No fim de 1997, Gilberto foi vendido para o Cruzeiro, atuando no clube mineiro entre 1998 e 1999, sendo campeão da Recopa Sul-Americana e da Copa Sul-Minas de 1999. No mesmo ano, Gilberto foi para o Internazionale de Milão.
No ano seguinte, Gilberto voltou ao Brasil para jogar no grande rival do Mengão, o Vasco, conquistando a Taça GB, o Brasileiro e a Copa Mercosul.
Entre 2002 e 2003, o lateral defendeu o Grêmio.
Em 2004, Gilberto foi para o São Caetano e venceu o Campeonato Paulista.
Entre 2004 e 2007, Gilberto voltou à Europa e jogou pelo Herta Berlim. O bom desempenho no Grêmio, no São Caetano e no time alemão levaram o lateral à Seleção. Com a camisa do Brasil, Gilberto ganhou a Copa das Confederações em 2005 e a Copa América em 2007.
Em 2008, Gilberto foi para o Tottenham, mas no ano seguinte amargou a reserva no time inglês e voltou ao Cruzeiro, reencontrando Athirson e passando a jogar no meio-campo. Em 2009, ambos ajudaram a equipe mineira a conquistar o vice-campeonato da Libertadores e a fazer boa campanha no Brasileiro de 2009 e conquistar uma vaga na competição sul-americana do ano seguinte. Gilberto permaneceu no Cruzeiro até 2011, ano em que a Raposa venceu o Campeonato Mineiro.
Entre 2011 e 2012, o jogador defendeu o Vitória e ao deixar o clube baiano teve uma passagem pelo América-MG.
Em 2014, Gilberto voltou a jogar pelo América-RJ, clube onde iniciou a vitoriosa jornada no mundo da bola.
Obrigada por tudo que você fez pelo Flamengo e pela Seleção, Gilberto.