sábado, 19 de abril de 2014

Futebol sem liderança.









Depois de quase uma década sem grandes escândalos na organização das competições nacionais, o futebol brasileiro volta a se deparar com os graves problemas que marcaram um período difícil entre os anos 80 e 90.

Desde o arranjo para a disputa da Copa João Havelange, em 2000, que não se via a CBF em tão grande embaraço.

Nem mesmo em 2005, quando foi obrigada pela Justiça a reprogramar sete partidas denunciadas por resultados suspeitos apurados no inquérito que investigou a Máfia do Apito.

Dói admitir, mas o fim do Clube dos Treze, em 2011, e o afastamento de Ricardo Teixeira, em 2012, deixaram os clubes brasileiros à deriva.

A falta de liderança descentralizou o comando, as federações recuperaram o poder de barganha e o nosso futebol regrediu à época do escambo político, modelo que chegou a colocar 94 clubes numa só edição do campeonato nacional dos anos de chumbo dos governos militares.

RETROCESSO.

O imbróglio jurídico-desportivo envolvendo Portuguesa, Flamengo e Fluminense, criado na última rodada do Brasileiro de 2013 e que culminou no deplorável episódio visto na partida de abertura da Série B, na última sexta-feira, mostra claramente o descrédito da CBF, desde 2012 comandada pela dupla paulista Marín e Del Nero.

É triste, parece pesadelo, mas é a cada dia mais real o retorno à era Otávio Pinto Guimarães e Nabi Abi Chedid _ gestão que justificou a criação do Clube dos 13, em 1987, e precedeu a administração Ricardo Teixeira, em 89.

LEGÍTIMO.

Não sei se é correta a postura dos dirigentes da Portuguesa de ir até à última instância na busca pelo direito de permanecer na Série A, mas no fundo, no fundo, a considero legítima.

Principalmente, desde que veio à tona o caso do jogador do Figueirense que, descobriu-se depois, atuou de forma irregular num dos jogos da Série B de 2013.

O Icasa, que terminou na quarta colocação, pede a vaga na Série A, mas a CBF de Marín e Del Nero assumiu a culpa e concedeu o perdão ao clube catarinense.

Clube, aliás, filiado à Federação que garantiu quatro votos a Del Nero à presidência da CBF.

Gestão que terá como um dos vice-presidentes o atual comandante da entidade catarinense, Delfim Peixoto.

Fonte: Blog do Gilmar Ferreira


SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/04/Futebol-sem-lideranca.html

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