Pelo que fez, durante todo o campeonato, o Flamengo sobrou na turma e mereceu o título do cada vez pior e mais desmoralizado Campeonato Carioca. Mas a forma como acabou conquistando-o permite contestações. O gol de Márcio Araújo, empatando a partida, em 1 a 1, aos 46 minutos do segundo tempo, foi irregular, pois o volante estava impedido.
Até aquele instante, pelo que fizera nas duas partidas decisivas, quem merecia levantar a taça era o Vasco. Principalmente, nesta última, quando chegou a ter mais de 70% de posse de bola, no primeiro tempo, diante de um adversário que jogava todo atrás, buscando o gol apenas em contra-ataques esporádicos. E usava e abusava dos chutões de Felipe para frente...
Ainda assim, foram poucas as oportunidades de gol para os vascaínos. Somente no finalzinho da etapa inicial o goleiro rubro-negro teve que fazer uma defesa relativamente difícil, em chute de Thales, da entrada da área. Muito pouco para quem precisava vencer.
Após o intervalo, o Fla pareceu melhorar um pouco e chegou a equilibrar as ações nos primeiros 15 minutos. Mas aí Chicão e André Rocha se empurraram e trocaram cabeças, num escanteio a favor do Mais Querido e ambos acabaram expulsos. E Jayme de Almeida cometeu, então, a imprudência que quase lhe custou o título: colocou em campo o equatoriano Frickson Erazo, que desde que chegou só fez lambanças, quando escalado.
Desta vez não foi diferente. Com o Vasco retomando o comando da partida (a partir daí, o Flamengo parecia decidido a lutar apenas para manter o a 0), um pênalti infantil de Erazo permitiu que o time de São Januário marcasse o gol que vinha tendo tanta dificuldade para marcar.
Douglas bateu com categoria e colocou 1 a 0 no placar.
Só aí o Fla resolveu partir decididamente para o ataque. E o fez de forma atabalhoada, sem chegar a ameaçar de fato o gol de Martín Silva. Mas quando a taça já parecia definitivamente encaminhada para a Colina (e os reservas cruz-maltinos comemoravam, pulando à beira do gramado e puxando o coro das arquibancadas), houve um córner pelo lado direito do ataque rubro-negro.
Leonardo Moura cobrou, Wallace testou no travessão e, no rebote, Márcio Araújo (impedido) se adiantou a Nixon (que estava em posição legal e marcaria igualmente) e tocou para o fundo da rede. O auxiliar não percebeu a posição irregular e o gol foi validado, garantindo o trigésimo terceiro título estadual do Flamengo.
Um resultado que serve para impedir uma crise que já se aproximava da Gávea, por causa da campanha vergonhosa na Libertadores, mas não deve enganar a diretoria nem a torcida. O clube precisa de reforços de verdade, para não sofrer no Campeonato Brasileiro. Carlos Eduardo, Erazo e vários outros do gênero, trazidos por Pelaipe e Walim, ao invés de ajudar, atrapalham.
Em relação ao Vasco, um consolo: Adilson Baptista vem fazendo um bom trabalho e tem tudo para trazer o clube de volta à Primeira Divisão. Não custa lembrar, jogou a finalíssima sem o ataque titular: Edmilson e Everton Costa e mesmo assim partiu para o ataque e dominou o rival, perdendo o título no último instante, num lance irregular. Palmas pra ele.
Fonte: Blog do Renato Maurício Prado
SRN
Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/04/mauricio-prado-comenta-titulo-Flamengo.html
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