sábado, 29 de novembro de 2014

A oposição que toda a situação deseja.









Tratando-se de política, em qualquer lugar, temos três tipos de correntes: o povo da situação (que é quem está no poder), o povo da oposição (que é quem quer estar no poder mas não está) e povo do EPAAAA (que vai para o lado do epaaaa esse aqui pode ganhar desta vez ou que epaaaaaaa não vai pra nenhum dos dois lados). É assim no governo do país, do seu estado e, claro, do seu time de futebol.

No Flamengo, há algum tempo, isso está bem claro. E a eleição do corpo transitório do conselho deliberativo, que é quem decide as coisas no Flamengo, vem pra ser 'um esquenta' das eleições no fim de 2015. Está igual Olimpíadas de colégio: os lados são divididos por cores ou você é situação ou você é oposição. Ou você é azul e é apoiado/apoia a diretoria atual do Flamengo ou você é branco, oposição que não apoia a diretoria.
  
Todos sabemos que o Flamengo institucionalizou o calote em muitos momentos. Deixou de pagar o governo, deixou de pagar jogadores/ ex-jogadores. Foram anos que a fama de mau pagador perseguiu o clube inflacionou serviços, produziu manchetes de jornal e deu dinheiro a muita gente. Isso, infelizmente, não é novidade para ninguém. Foram anos de chacota.

Aí, um grupo, que era oposição ao que estava lá, quando virou situação, resolveu seguir um outro caminho. Resolveu pegar tudo que foi penduricalho deixado em gestões anteriores, colocar num saco só, analisar e arrumar um jeito de dar fim a ele.  Na análise, decidiram que o calote deveria acabar. Afinal de contas, PAGAR IMPOSTO É OBRIGAÇÃO! Quem não paga, comete crime. Você sabia disso?  Na análise decidiram ALONGAR A DÍVIDA do Flamengo, ou seja, pagar o que se deve (DE ANOS SEM PAGAR DÍVIDAS) por mais tempo para se ter os benefícios que só um clube que não tem dívidas pode ter. Um desses benefícios, ~pouca coisa~, é receber um dos maiores patrocínios de camisa do país. Pouca coisa porque penamos, recentemente, para achar uma empresa que quisesse associar seu nome ao Flamengo no uniforme.

O Flamengo de hoje precisa de dinheiro para pagar os penduricalhos do passado. Isso é uma obrigação, não é uma escolha. Você que está achando graça no Botafogo ter que ir de ônibus para São Paulo e não de avião, se o Flamengo não pagar o passado, vai acontecer a mesma coisa. A conta de penhoras da justiça do trabalho, da justiça cível chegam. Não há como fugir. Além do mais, como já falei, não pagar imposto é crime. Se você desconta o INSS do pagamento de um funcionário e não repassa a previdência, é crime.

São dois discursos bem diferentes. O que tínhamos e o que temos. Flamengo de hoje contra o Flamengo de ontem. É assim que vejo essa eleição do Deliberativo.

Esse conselho é muito importante para a governabilidade de qualquer presidente do Flamengo, por isso que está sendo travada uma verdadeira 'batalha' para se ganhar essa eleição.

Quando começaram a divulgar essa eleição, procurei saber coisas sobre as duas chapas, a branca e a azul. Quem encabeçava, o que falavam, o que pretendem, quem compõe e quem apoia. Independente da minha opinião sobre a atual diretoria do Flamengo e sobre quem já passou por lá, não é saudável para o Flamengo uma oposição que não se baseia em propostas. Enquanto a oposição fica atrás de história de espionagem, fazendo bla bla bla porque não houve pagamento em lanche do futsal e falando que o Flamengo está trocando dívidas públicas por dívidas privadas, a situação continua o seu trabalho para tirar o Flamengo do buraco. Amanhã, por exemplo, é a apresentação do Anjo da Guarda Rubro Negro, campanha que seria impossível se as dívidas públicas não estivessem negociadas e sendo pagas.

Posso estar enganada mas uma oposição sem proposta pode até se fazer presente, mas não se sustenta com vitórias. E, sob aspecto, a oposição atual do Flamengo está sendo uma 'mãe' para a situação.

Saudações!


Fonte: Primeiro Penta


SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/11/a-oposicao-que-toda-situacao-deseja.html

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