Nobres Rubro-Negros, univo-nos!
Fazia tempo que eu não escrevia. O Flamengo de
Enganey Franco, aliado a uma cirurgia nasal, me forçou a ficar um pouco mais no Departamento Médico. Mas retorno as palavras com muita motivação, logo
após um Fla-Flu que foi muito diferente dos outros dois que perdemos no ano e,
bem que poderíamos ter saído vitoriosos desse último.
Antes de falar do jogo propriamente dito, quero
destacar alguns números:
APROVEITAMENTO DOS TIMES NO BRASILEIRÃO
CRUZEIRO – 71%
SÃO PAULO – 60,9%
INTERNACIONAL – 59,4%
CORINTHIANS – 58%
GRÊMIO – 56,52%
ATLÉTICO MINEIRO – 53,6%
FLUMINENSE – 52,2%
SPORT – 50,7%
SANTOS – 44,9%
GOIÁS 43,5%
FLAMENGO – 43,5%
Mas ATENÇÃO, o FLAMENGO DE LUXEMBURGO tem 63,89%,
obtidos em vitórias, em sua maioria, por placares com diferença de apenas um
gol, três derrotas por 1x0 e apenas dois empates, em jogos onde não seria
injusto se saísse vencedor.
Por que fiz questão de demonstrar tais números?
Por que percebo que as críticas ao nosso time são demasiadamente duras e
injustas. Afinal, muitos dizem que nossa equipe é fraca, mas quantos times
nesse campeonato são mais fortes que o nosso? A diferença não está em nosso
time, mas sim nas limitações do elenco como um todo.
O Flamengo de Luxa não pode prescindir de Cáceres
ou Everton. E, especialmente contra o Fluminense, confirmou-se que não há como
repor a ausência de Canteros. Não obstante nossas limitações, o Flamengo de
hoje é visivelmente arrumado dentro de campo, coisa que não acontecia com os
treinadores anteriores desta temporada.
O Flamengo de Luxa perdeu 3 pontos para a
Chapecoense, em uma partida em que até mereceu perder, mas que o time catarinense não
merecia ter vencido, porém acabou fazendo um gol por acaso, e Alecsandro perdeu o
empate cara a cara com o goleiro adversário.
As outras derrotas foram, a meu ver, decorrentes
do esforço para se avançar de fase na Copa do Brasil. O jogo contra o Grêmio
foi “parelho”, onde perdemos no final, por vergonha em parar a jogada na falta,
e contra o Goiás pagamos pela limitação de Márcio Araújo, que perdeu, logo no
início, um gol que não se pode perder.
Por fim, deixamos de ganhar mais quatro pontos
por falhas individuais. Afinal, um time profissional levar um gol de chutão de
desafogo da zaga, como no primeiro do Palmeiras, time forte candidato a voltar
para a Segundona, ou mesmo um de bola parada contra o Fluminense. Ou seja,
nossa situação na tabela já poderia estar bem confortável.
Mas como conforto é uma palavra inexistente no
vocabulário flamenguista, seguimos na busca dos famigerados 46 pontos. Qualquer
outra coisa a se buscar no campeonato só pode ser pensada ao ser rompida a
marca de ultrapassagem dos desesperados.
Especificamente este último Fla-Flu nos serve de
alerta para alguns detalhes. Nesta equipe que é praticamente a conta do chá,
fica a certeza da boa fase do goleiro Paulo Vitor, mas uma dúvida em relação a
nossa zaga. Se Marcelo perdeu a titularidade por causa de uma falha, quanto esperar
para que os apagões de Chicão nos deixem na incerteza de uma boa proteção? Acho
improvável que levássemos o gol que sofremos de Fred, caso o bem posicionado
Marcelo estivesse em campo, pois ele ganha praticamente todas as bolas no alto.
Léo Moura nos vendeu na quarta contra o Porco,
mas hoje fez uma partida razoável. Nosso meio campo se esforçou, mas valeu mais
por isso do que pela qualidade técnica. Sentimos a falta de um meia armador, e
fico intrigado pelos motivos que Matheus sequer é testado. Mais irregular que o
Mugni ele certamente não é.
Everton continua jogando por ele, e correndo por
muitos. Nessa equipe que foi a campo hoje não existe jogador que consiga
acompanhá-lo. Falando em acompanhar, Alecsandro, na maioria das vezes, é um
cemitério da bola, matando os ataques do Flamengo. Ele não tem a inteligência e
o posicionamento do Eduardo Silva. Pena que, aparentemente Elton ainda não
esteja pronto para substituí-lo.
Como podem observar, não perco o meu tempo
chorando sem motivos. O desempenho de Luxemburgo, focado, conhecedor de
futebol, nos leva a crer que poderemos obter os 16 pontos em 45 a disputar, que
seriam fruto de um aproveitamento futuro mínimo de 35,55%. Ou seja, apenas
Enganey Franco conseguiu fazer com que o Flamengo ficasse abaixo dessa linha.
Teremos um jogo muito difícil na próxima
quarta-feira, aonde o empate não chega ser um desastre total. Só não aposto na
vitória por que nosso ataque é muito econômico, mas acredito no poder de
marcação de nossa equipe, além de não me incomodar nem um pouco quando a
arbitragem nos favorece. Afinal, quando erra contra nós, de nada vale a reclamação.
É como diz o ditado, “o bom cabrito não berra”.
Cordiais Saudações Rubro-Negras!
Ricardo Martins – Membro da Embaixada Fla-BH
SRN
Fonte: http://flamengoeternamente.blogspot.com/2014/09/pitacos-do-ricardo-luz-no-fim-do-tunel.html
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