As condições de segurança nos estádios de menor porte do Rio receberam cartão amarelo do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) da Polícia Militar. As vistorias nos campos terminaram nesta terça-feira e a maioria será aprovada com restrição, inclusive Moça Bonita, que receberá jogos dos quatro grandes. As deficiências encontradas pela PM são as mesmas apontadas há um ano, no Estadual de 2014, e obrigarão um maior deslocamento do efetivo de policiais das ruas para dentro dos estádios para impedir possíveis atos de violência.
As restrições da PM serão enviadas à Federação de Futebol (Ferj) até o dia 15, quinta-feira, quando acontecerá o arbitral do campeonato. No informativo dos laudos disponível no site da Ferj, nenhum estádio teve o documento de segurança liberado por enquanto. E a maioria está com o Laudo de Proteção Contra Incêndios (LPCE) vencida ou com a data de validade prestes a vencer.
— Todo ano é a mesma coisa: os clubes não se preparam. A maioria nem tem laudo dos Bombeiros... Eles têm que se organizar melhor para o início do campeonato — disse ao GLOBO o subcomandante do Gepe, major Sílvio Luiz, preocupado com a possibilidade de aumento do efetivo nos estádios.
— Acaba criando uma demanda de maior policiamento dentro destes estádios, o que poderia ser evitado com simples medidas que são apontadas pelo Gepe a cada ano. Mas, em 12 meses, nada foi feito.
Entulho e alambrado baixo
Nas vistorias realizadas pelo efetivo do Gepe, estádios tradicionais, como Conselheiro Galvão, do Madureira, e Moça Bonita, do Bangu, foram apontados como exemplos que necessitam de um maior cuidado em relação à segurança. Na tabela da Taça Guanabara, primeiro turno do Carioca, a Federação não estabeleceu jogos de times grandes em Madureira (a tabela diz "a definir*"), mas marcou partidas de Fluminense e Botafogo no estádio do Bangu.
— Encontramos entulho no entorno e até dentro do estádios. São objetos perigosos. Outra restrição é em relação ao alambrado. Recomendamos uma altura de dois metros, mas encontramos alambrados de 1,5 metro. Isto nos obriga a ter mais policiais nos estádios — declarou o Major Sílvio.
Apesar de não ter os laudos de Vigilância Sanitária, Segurança e Bombeiros, O estádio do Nova Iguaçu, o Laranjão (Jânio de Moraes), está apto a receber jogos do time da casa contra pequenos. Mas ainda é uma incógnita a partida com o Flamengo, marcada para o dia 8 de abril. Da mesma maneira, a Ferj ainda não pode habilitar para o estádio o Bonsucesso o jogo com o Flamengo, em 28 ou 29 de março. O estádio do Bonsucesso, o Leônidas da Silva, não tem laudos da Vigilância Sanitária, PM e Bombeiros.
— Depois, perguntam qual o motivo de não liberarmos jogos de grandes nestes estádios — critica o major.
O Gepe destina mais de 200 policiais somente para os jogos de futebol, que não têm registro de grandes incidentes dentro dos estádios há três anos. O entorno, no entanto, ainda é problema e o deslocamento do efetivo para as ruas esbarra no problema descrito pelo major Sílvio. O “cobertor curto” obriga a PM a investir na vigilância e ações de inteligência para conter as investidas das torcidas organizadas:
— Vamos continuar com o trabalho de prevenção. Monitoramos as organizadas sempre, até mesmo agora, sem campeonato. Há três Cariocas não temos incidentes e esperamos que continue assim.
O GLOBO procurou a Federação de Futebol através de sua assessoria de imprensa, mas não obteve resposta.
Fonte: O Globo
SRN
Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2015/01/policia-aponta-restricoes-em-estadios-pequenos-no-carioca.html
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