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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Biguá: o lateral-direito do primeiro tri carioca















          Moacir Cordeiro, mais conhecido como Biguá, nasceu no dia 22/3/1921
e disputou 388 jogos pelo Mengão entre 1941 e 1953, marcando sete gols. Foi um
dos maiores laterais direitos da história do clube por aliar raça e técnica e,
segundo Ruy Castro, foi um dos primeiros laterais a defender e apoiar bem.
Assim como Zico, Leandro, Junior e Carlinhos, Biguá só defendeu o Flamengo no
Brasil. Fiquei encantada ao ler sobre Biguá no livro (e-book) O vermelho e o negro, de Ruy Castro (São
Paulo: Companhia das Letras, 2012) que resolvi homenageá-lo na coluna desta
semana.


        Biguá foi fundamental para a conquista do primeiro
tricampeonato carioca conquistado pelo Flamengo (1942-1943-1944). O time
rubro-negro do início da década de 1940 comandado por Flávio Costa contava com
craques como o goleiro Jurandir, o fantástico Domingos da Guia, a famosa zaga
formada por Biguá, Bria e Jaime; o genial Zizinho, ídolo de Pelé e um dos
maiores jogadores do futebol brasileiro, Perácio, Pirillo, Valido e Vevé,
heróis de toda uma geração de rubro-negros como o escritor Ziraldo e meu
padrinho e tio José.


No Campeonato Carioca de 1942,
depois de derrotar o Botafogo por 4 a 0 — com dois gols de Perácio, um de Pirillo
e outro de Jaime e também com grande atuação de Biguá — o Flamengo empatou em 1
a 1 no jogo contra o Flu na última rodada. Pirillo marcou o gol rubro-negro e
garantiu o título. O time que conquistou o campeonato deste ano foi Jurandir,
Domingos da Guia, Newton, Biguá, Volante, Jaime, Valido, Zizinho, Pirillo,
Nandinho, Vevé. A Charanga do Flamengo, primeira torcida organizada do Brasil,
foi fundada por Jayme de Carvalho em um Fla-Flu no mesmo ano.


No ano seguinte, o argentino
Valido foi trabalhar numa gráfica. Perácio o substituiu e o Flamengo foi
bicampeão carioca. Vale destacar as goleadas de 6 a 2 no Vasco (dois gols de
Perácio, dois de Pirillo, um de Zizinho e outro de Vevé) e de 5 a 0 no Bangu
(três gols de Perácio, dois de Pirillo) nas rodadas finais da competição. O
time bicampeão foi Jurandir, Domingos da Guia, Newton, Biguá, Bria, Jaime,
Jacir, Zizinho, Pirillo, Perácio e Vevé.


            Em 1944, a
missão do Mengão foi mais árdua. Domingos da Guia foi vendido para o Corinthians.
Apesar da derrota por 2 a 1 na primeira partida contra o América, o Flamengo se
recuperou e venceu o Botafogo por 4 a 1 no jogo seguinte com grande atuação de
Zizinho que marcou dois gols. Pirillo e Biguá completaram o placar. Mas o
Flamengo teve que superar muitas adversidades para conquistar o tricampeonato
carioca. Durante o Carioca daquele ano, o atacante Perácio foi convocado para
defender o Brasil na Segunda Guerra. Além disso, o técnico Flávio Costa teve
vários problemas médicos para escalar o time no fim do campeonato carioca e
resolveu chamar Valido de volta. O atacante jogou na goleada de 6 a 1 no Flu
(com dois gols de Pirillo, um de Bria. um de Tião, um de Jaime e outro de
Zizinho). No jogo final contra o Vasco, o Mengão teve de mostrar a verdadeira
raça rubro-negra: Zizinho estava machucado, Pirillo estava com inflamação nos
testículos e tomou medicamentos para entrar em campo; Valido estava gripado e
febril. Estavam fora das condições físicas ideais, mas honraram o Manto. O
Flamengo venceu por 1 a 0 e o atacante argentino marcou o gol do título de
cabeça. Festa da torcida ao comemorar o primeiro tri derrotando o arquirrival
cruzmaltino. O time tricampeão carioca foi Jurandir, Newton, Quirino, Biguá,
Bria, Jaime, Jacir (Valido), Zizinho, Pirillo, Tião e Vevé.  Biguá, Bria, Jaime e Zizinho foram os únicos a
disputar todos os jogos da competição.


         Indicado por Domingos da Guia, Biguá recusou propostas do Corinthians.
Não aceitou jogar pelo clube paulista nem ganhando o dobro do salário que
ganhava no Flamengo. Tudo por muito amor pelo Mengão. Biguá parou de jogar no
início de 1953 e, segundo o livro O
vermelho e o negro,
de Ruy Castro, o lateral direito fez sua despedida num
Flamengo X Botafogo em janeiro de 1954. Não jogou, mas foi reverenciado pelos
jogadores e pela torcida rubro-negra. Entregou suas chuteiras a Carlinhos,
jogador dos juvenis na época e que fez muito sucesso conquistando vários
títulos como jogador na década de 60 e como treinador do Flamengo nos anos 80,
90 e em 2000.


             Adorei pesquisar sobre Biguá, um dos grandes ídolos da história
rubro-negra, e recordar o primeiro tricampeonato carioca conquistado pelo
Flamengo.





Fontes:


http://www.flaestatistica.com/jogadores.html


Castro, Ruy. O
vermelho e o negro.
Edição revista e ampliada. São Paulo: Companhia das
Letras, 2012.


Vaz, Arturo, Júnior, Celso e Filho, Paschoal Ambrósio. 100 anos de bola, raça e paixão: a
história do futebol do Flamengo. Rio de Janeiro: Maquinária Editora: 2012.


Ziraldo. O mais querido do Brasil em quadrinhos. São Paulo: Globo, 2009.





SRN

Fonte: http://flamengoeternamente.blogspot.com/2015/01/bigua-o-lateral-direito-do-primeiro-tri.html

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Polícia aponta restrições em estádios pequenos no Carioca.









As condições de segurança nos estádios de menor porte do Rio receberam cartão amarelo do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) da Polícia Militar. As vistorias nos campos terminaram nesta terça-feira e a maioria será aprovada com restrição, inclusive Moça Bonita, que receberá jogos dos quatro grandes. As deficiências encontradas pela PM são as mesmas apontadas há um ano, no Estadual de 2014, e obrigarão um maior deslocamento do efetivo de policiais das ruas para dentro dos estádios para impedir possíveis atos de violência.

As restrições da PM serão enviadas à Federação de Futebol (Ferj) até o dia 15, quinta-feira, quando acontecerá o arbitral do campeonato. No informativo dos laudos disponível no site da Ferj, nenhum estádio teve o documento de segurança liberado por enquanto. E a maioria está com o Laudo de Proteção Contra Incêndios (LPCE) vencida ou com a data de validade prestes a vencer.

— Todo ano é a mesma coisa: os clubes não se preparam. A maioria nem tem laudo dos Bombeiros... Eles têm que se organizar melhor para o início do campeonato — disse ao GLOBO o subcomandante do Gepe, major Sílvio Luiz, preocupado com a possibilidade de aumento do efetivo nos estádios.

— Acaba criando uma demanda de maior policiamento dentro destes estádios, o que poderia ser evitado com simples medidas que são apontadas pelo Gepe a cada ano. Mas, em 12 meses, nada foi feito.

Entulho e alambrado baixo

Nas vistorias realizadas pelo efetivo do Gepe, estádios tradicionais, como Conselheiro Galvão, do Madureira, e Moça Bonita, do Bangu, foram apontados como exemplos que necessitam de um maior cuidado em relação à segurança. Na tabela da Taça Guanabara, primeiro turno do Carioca, a Federação não estabeleceu jogos de times grandes em Madureira (a tabela diz "a definir*"), mas marcou partidas de Fluminense e Botafogo no estádio do Bangu.

— Encontramos entulho no entorno e até dentro do estádios. São objetos perigosos. Outra restrição é em relação ao alambrado. Recomendamos uma altura de dois metros, mas encontramos alambrados de 1,5 metro. Isto nos obriga a ter mais policiais nos estádios — declarou o Major Sílvio.

Apesar de não ter os laudos de Vigilância Sanitária, Segurança e Bombeiros, O estádio do Nova Iguaçu, o Laranjão (Jânio de Moraes), está apto a receber jogos do time da casa contra pequenos. Mas ainda é uma incógnita a partida com o Flamengo, marcada para o dia 8 de abril. Da mesma maneira, a Ferj ainda não pode habilitar para o estádio o Bonsucesso o jogo com o Flamengo, em 28 ou 29 de março. O estádio do Bonsucesso, o Leônidas da Silva, não tem laudos da Vigilância Sanitária, PM e Bombeiros.

— Depois, perguntam qual o motivo de não liberarmos jogos de grandes nestes estádios — critica o major.

O Gepe destina mais de 200 policiais somente para os jogos de futebol, que não têm registro de grandes incidentes dentro dos estádios há três anos. O entorno, no entanto, ainda é problema e o deslocamento do efetivo para as ruas esbarra no problema descrito pelo major Sílvio. O “cobertor curto” obriga a PM a investir na vigilância e ações de inteligência para conter as investidas das torcidas organizadas:

— Vamos continuar com o trabalho de prevenção. Monitoramos as organizadas sempre, até mesmo agora, sem campeonato. Há três Cariocas não temos incidentes e esperamos que continue assim.

O GLOBO procurou a Federação de Futebol através de sua assessoria de imprensa, mas não obteve resposta.


Fonte: O Globo


SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2015/01/policia-aponta-restricoes-em-estadios-pequenos-no-carioca.html

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Árbitro da final do Carioca 2014 vê atuação como excelente.









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