Mais um ano na reta final, o segundo ano da gestão índigo Rubro-Negra. Ao longo destes 2 anos o Flamengo realizou uma mudança muito importante em relação à economia, mas ao mesmo tempo que adotaram um programa econômico com foco em sanear anos de dívidas, o Mais Querido dá marcha ré em assuntos relacionados ao torcedor e programas de relacionamento.
Como contraponto aos acertos na administração financeira, algumas antigas práticas não modificaram. Percebemos um ideal anti-democrático, onde prevalece apenas o favorecimento do clube, e não vê no maior patrimônio da instituição, o investidor que facilmente tiraria o Flamengo de vez da situação temerária que se desenhou ao longo das últimas décadas.
Sem contratações ousadas, o Flamengo que levantou as taças da Copa do Brasil 2013 e Carioca 2014, é o mesmo Flamengo que passou todo intervalo da Copa do Mundo na lanterna do Brasileirão. Nessa montanha russa rubro-negra uma coisa não mudou: o apoio do torcedor.
Novamente uma temporada praticamente vivendo dentro da ‘confusão’ nas quatro linhas, uma decisão importante foi tomada pela atual direção: entregar o futebol rubro-negro a quem saberia resolver o problema. E assim foi feito, em agosto, quando Vanderlei, que é ‘local’ na Gávea, chegou com toda sua atitude e conhecimento do que ele entende: futebol.
E conforme objetivo dado a ele, assim se fez: tirou o time da zona da degola e trilha hoje muito bem uma Copa do Brasil, com grandes possibilidades de levantar o caneco.
Essas decisões evidenciam a conflitante tomada de decisões. Fica claro que o Mais Querido ainda é dependente do futebol, e de resultados para que o torcedor possa ser fidelizado.
Desde que o futebol está no comando de um técnico que, sem ingerência externa, vem executando um trabalho à sua maneira, os resultados em campo trazem beneficios a tiracolo: bilheterias, Sócios Torcedores, venda de camisas, dentre tantas outras possibilidades de fomentar receitas através do carro-chefe.
Mas, programas de fidelização não deveriam ser independentes das quatro linhas?
Para manter o ritmo de crescimento de programas como o sócio torcedor, é urgente que se desenvolva novas ideias para que o clube não permaneça refém de resultados em campo. Angariar novos adeptos do programa nos grandes momentos do clube é uma forma de alcançar números importantes, todavia, muitos destes o deixam logo em seguida. Mais que trazer o torcedor, é preciso mantê-lo. E isso não pode estar apenas na responsabilidade de técnicos, elencos e títulos.
Temos o maior clube do mundo, com potencial, e com um patrimônio (torcedor) disposto a fazer o que for preciso. Mas para isso é preciso ter criatividade. As estratégias de marketing para obtenção de retorno financeiro ainda permanecem apenas na expectativa. E o programa que poderia ser a “salvação da lavoura” ainda não atingiu seu ponto máximo.
A necessidade de resultados, de soluções inteligentes, de parcerias inovadoras e da fidelização do torcedor é crucial para alavancar de vez um projeto com tantas possibilidades.
É hora de aproveitar o bom momento alcançado no futebol, que por muitos meses foi colocado como dúvida em 2014. Reconhecer erros e acertos e, principalmente, ter em mente que ainda estamos em meio à mudança. Portanto, o trabalho deve continuar. Assim como meta estabelecida para que o técnico tirasse o time da ‘confusão’, é preciso estabelecer objetivos às demais estruturas dentro do clube para que a máquina não pare de girar.
Reestruturação, metas e crescimento. É preciso olhar para dentro e saber onde podemos seguir crescendo.
Fonte: Falando de Flamengo
SRN
Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/11/missao-cumprida-sem-confusao.html
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