Três meses e cinco dias. Seis, se formos contar esta segunda-feira, dia 3. Desde o dia 27 de julho, desde aquele Flamengo e Botafogo, naquele domingo chuvoso (que saudade) e frio de meio de inverno que o rubro-negro ouve falar dela. Virou o mantra de 2014, "sair da confusão".
Esteve na boca de seu criador, Vanderlei Luxemburgo, nas bocas dos jogadores, torcedores, comentaristas, corneteiros e detratores. Sair da confusão, chegou, mesmo que timidamente, a constar do vocabulário de outros clubes em igual situação (zona de rebaixamento) em outras divisões.
Sair da confusão era e continua sendo mais importante que qualquer título. Mais até que o sagrado Mundial de 81. O rubro-negro não entende de outras divisões que não a primeira. Seria, caso o rebaixamento fosse inevitável (não é), um duro aprendizado. A lista de clubes que jamais se aventuraram no "Brasil profundo" da série B é cada vez mais seleta. Sair dela sem lutar seria a coisa menos rubro-negra a se fazer.
Convocado pelo Flamengo, como ele próprio diz, Luxemburgo meio que desenvolveu, se me permitem o exagero, uma teoria neurolingüistica: não se falava em rebaixamento, falava-se em "confusão". A invenção de Luxemburgo, antes tratada como folclórica, luxemburguiana, passou a ser levada a sério, incorporada ao dia-a-dia do clube e às atuações em campo.
Ontem, por exemplo, contra a Chapecoense, o "sair da confusão" esteve presente, mais no segundo tempo do que no primeiro, verdade seja dita.
Empenhado, embora desfalcado de Leo Moura e Gabriel, por obra e graça da força de vontade de Anderson Pico, da ascensão (quem diria) de Nixon como substituto de Alecsandro e de uma atuação impecável de Canteros e Márcio Araújo, o Flamengo foi o mesmo de 27 de julho. Ontem, finalmente, saímos da confusão.
Que venham outras, mais nobres.
Fonte: ESPN FC
SRN
Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/11/sorria-voce-saiu-da-confusao.html
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