sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Tá fácil jogar bola.









Eu não discordo que Cristovão, Abel, Luxemburgo, Muricy, Felipão e tantos outros cometam erros grotescos e filosoficamente as vezes fujam do que entendemos por bom futebol.

Mas hoje, como em outras mil ocasiões, estamos massacrando um só sujeito, responsável até pelo apagão individual de alguns de seus comandados.

Ao terminar a rodada de hoje tenho a clara sensação que Abel e Cristovão jogam FIFA na beira do gramado e que cada passe de 2 metros errado por um de seus jogadores é mera falta de treinamento.

Tenho a impressão que não há nada mais fácil no mundo do que jogar futebol num clube de treinador contestado. Afinal, tudo que você errar é culpa dele. E mesmo a mais bizarra das cagadas será perdoada quando, com o próximo chefe, você acertar uma e ainda puder ouvir que “tá vendo? Agora ele rende. Mérito do técnico novo”.

Se eu pudesse mudar uma coisa no meu país não seria corrupção, complexo de vira latas, impunidade, nada disso. Seria a idéia que temos de sempre proteger e tratar nossos brasileiros como crianças de 10 anos.

Não preciso ir longe. Vamos ficar no futebol mesmo. Porque eu posso fazer meu trabalho nas coxas se não gostar do chefe nomeado pela direção e ninguém me contestará por isso?

Porque é comum fingir que está tudo bem quando está claro que quando a chapa esquenta tem quase sempre uma duzia tirando o corpo sabendo que um de terno vai pagar ali na beira do gramado?

Acham mesmo que a culpa deles é tão grande assim? E mesmo se acharem, não é muito fácil entrar em campo, fazer tudo errado e no final não ter responsabilidade alguma?

As vezes falta “bom senso”. A eles, a nós, a todo futebol. Mas em quintas-feiras como essa eu vou dormir com mais raiva de quem joga e toma de 5 do que de quem os treinou pra, até outro dia, ganhar e ser vice-líder, por exemplo.

Fonte: Blog do Rica Perrone


SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/10/Ta-facil-jogar-bola.html

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