quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Flamengo prova ser digno, mas precisa aplicar aprendizado.









Durante o mês de outubro vimos o time do Flamengo fazer história dentro do basquete brasileiro e sul-americano. A equipe carioca foi a primeira equipe do continente a ser convidada pela NBA a participar da pré-temporada da liga e, ao contrário de que alguns pensavam, passou longe de dar vexame dentro das quadras. Mesmo com três derrotas em três partidas – Phoenix Suns por 100 a 88, Orlando Magic por 106 a 88 e Memphis Grizzlies por 112 a 72 – podemos dizer, com toda a certeza, que os rubro-negros saíram como os grandes vencedores dos Estados Unidos.

Como disse em um artigo anterior, o time do Flamengo já pode se considerar vencedor apenas de ter essa oportunidade, pois poucas equipes do mundo podem falar que já disputaram partidas de pré-temporada na NBA dentro dos Estados Unidos. Se por um acaso o time foi convidado, pode ter certeza que mereceu, já que a liga não costuma enviar esse tipo de convite a qualquer um. A NBA é o palco onde pisaram os maiores jogadores de basquete de todos os tempos como Michael Jordan, Wilt Chamberlain, Magic Johnson e tantos outros, se o Flamengo estava lá é porque merecia estar.

Indo além do território do merecimento, os jogos do rubro-negro também foram provas de que o time era digno de estar onde estava.

A equipe do técnico José Neto teve adversários de todos os tipos e escolas nas últimas temporadas – brasileiros, sul-americanos e europeus –, mas nenhum que represente a força do basquete profissional dos Estados Unidos. Porém, quem apostou num possível vareio dos americanos se enganou. Mesmo perdendo de forma incontestável para os Grizzlies na última partida, o Flamengo, em média, conseguiu demonstrar um bom basquetebol e provou que o abismo técnico entre brasileiros e americanos não é tão profundo como se imaginava.

Em muitos momentos dos amistosos, o time carioca até comandava as ações de quadra, sendo que no primeiro confronto contra o Phoenix Suns poderia até ter beliscado uma vitória se não fosse a questão do preparo físico e das poucas opções no banco de reservas. Mas repito: a vitória ou derrota não interessam. O que interessa mesmo é o que o clube colocou na mala de volta para o Brasil.

Espero que diretoria e comissão técnica tenham colocado na bagagem para o Brasil alguns novos fundamentos táticos, novas formas de se pensar o espetáculo que é tão feijão com arroz por aqui e, principalmente, novas noções de como tratar seus torcedores aqui, que não são menos apaixonados por basquete do que os norte-americanos, mas que ainda não enxergam um terço da infraestrutura que se tem por lá.

Também cabe a diretoria do Flamengo continuar neste ritmo e não achar que seu período na NBA foi o auge do basquete do clube, pois o time tem muito mais a conquistar daqui para frente. Agora, é continuar buscando essas trocas de experiências com outros times estrangeiros para evoluir mais ainda o basquete do clube e, o mais importante, dar o exemplo de excelência que tanto falta para as equipes aqui do Brasil.


Fonte: Extra time


SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/10/Flamengo-prova-ser-digno-mas-precisa-aplicar-aprendizado.html

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