EDUARDO DA SILVA
- É um jogador que está se adaptando ao Brasil. Coloquei de cara contra o Coritiba e sentiu. Quando coloquei com o adversário cansado, a técnica aflora. Preferi guardar e botar depois. Sabia que ia ser um jogo muito intenso, e ele entrou muito bem. É muito técnico, mas falta ritmo. Aqui, a preparação é diferente, o ritmo é diferente, mas ele já está ajudando muito.
MARCELO
- O Marcelo é um zagueiro que eu gosto. Eles fazem uma boa dupla. O Wallace tem mais técnica, o Marcelo chega tirando, pega bem a bola em cima. Falei com eles depois para não disputarem a bola alta com o Jô. Ele raspava para outro. Depois, começaram a dar tempo e o Jô tinha que dominar, onde tinha dificuldade. Acho que eles se completam. O Marcelo vem crescendo, gosto do jeito que ele joga. É simples. Pelé foi um gênio por ser simples.
OBJETIVO DO FLA NO BRASILEIRÃO
- Não dá para olhar para cima. Vocês (jornalistas) falam que temos que mostrar sempre alguma coisa a mais. Temos que seguir trabalhando com um saco de cimento nas costas. A pergunta procede, mas o futebol é dessa forma, do céu ao inferno em 90 minutos. Nossa obrigação agora é ganhar fora de casa. As perguntas vão sempre acontecer. O futebol no Brasil é dessa forma.
EVOLUÇÃO DA EQUIPE
- A maior dificuldade do ser humano é ter a humildade de reconhecer o que pode fazer, suas virtudes. Estou sendo transparente, e isso no Brasil é complicado. Temos que reconhecer que somos um time que carrega o saco de cimento, e isso é uma virtude, uma humildade. Essa equipe precisa entender que a grande virtude dela é trabalhar. Não temos os jogadores que as outras equipes têm, e isso não é defeito. É uma virtude reconhecer que não somos um time técnico, mas de trabalhadores. Não podemos mudar. Temos que sair dessa confusão. Se o Flamengo não cair, este é o campeonato do Flamengo. O torcedor entendeu essa proposta e vai continuar conosco.
O QUE FEZ NO PERÍODO SEM TRABALHAR
- Sou do futebol e vejo futebol o tempo todo. Observo as equipes todinhas. Não é de agora, é desde os anos 90, foi assim quando assumi o Palmeiras. Vi o Flamengo com algumas dificuldades, um time sem vida. Como rubro-negro, não venho trabalhar, sou convocado. Disse que vinha por achar que tinha como contribuir. O torcedor entender muito mais o cara que é do Flamengo. Foi assim com o Jayme, Carlinhos, Andrade... Consegui passar para os jogadores a situação verdadeira da equipe. O Flamengo não tem um grande jogador, um grande ídolo. Como vamos construir isso? A equipe é o grande ídolo. Sabíamos que se juntássemos, trabalhássemos, e o torcedor percebesse nossa luta, íamos conseguir.
SAÍDA DE LUIZ ANTONIO NO PRIMEIRO TEMPO
- (Mudei) porque sou o técnico e escolho o que achar que devo. No Brasil, uma série de coisas não são permitidas. Por que tenho que esperar o intervalo se tinha uma proposta de jogo e tomei um gol no início? O Luiz estava fora, não estava se encaixando, e enfiei o Nixon para cansar a zaga deles. O Márcio Araújo podia fazer melhor a linha de quatro, e o Canteros tem uma saída de bola importante. Não tinha nada de errado, apenas tive que mudar por sofrer o gol.
EMPATE É BEM-VINDO CONTRA O CRICIÚMA?
- Como eu encaro o Brasileiro: cinco empates, cinco pontos. Duas vitórias em cinco jogos, seis pontos. A coisa é jogar para vencer. Se não der, o empate é bom negócio, mas faço minha matemática.
COPA DO BRASIL
- Vamos entrar na Copa do Brasil a partir de quarta. A partir de segunda-feira posso responder sobre isso. Por enquanto, vamos ficar no Brasileiro, que tem um jogo domingo fora de casa.
JOÃO PAULO
- A torcida não cobrou do João Paulo e não vem cobrando. Por isso, ele está mais confiante. Se o rendimento melhorou, é porque a torcida abraçou o João Paulo. Ele está crescendo de produção. Se entendermos que um passe errado é uma vaia, não tem nada a ver. Vaia é pegar o Maracanã todinho e não deixar o cara jogar. Pode render mais. Às vezes, fica inibido, mas tem potencial, bate bem na bola, chuta forte, tem bom físico. Tem que aproveitar a oportunidade que está quicando e talvez seja única na história do Flamengo. Não depende de mim.
MATEMÁTICA PARA SALVAR
- Se fizéssemos 50% dos pontos lá atrás, o Flamengo não cairia. Essa foi a matemática que eu fiz. Tínhamos que cumprir isso e já avançamos, o que nos permite pensar para cima e para baixo. Em quatro pontos (de vantagem para zona), já são dois jogos de diferença para quem está abaixo. São duas rodadas para queimar, mas temos que avançar para ter ainda mais vantagem.
Fonte: GE
SRN
Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/08/Confira-coletiva-Luxemburgo-apos-bater-Atletico-MG.html
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