segunda-feira, 2 de junho de 2014

Amadorismo profissional.









Acreditar na mudança, confiar em uma nova administração, esperar por dias melhores. Sim, quem aqui não teve um fio de esperança em novos tempos, que atire a primeira pedra. E foi com essa proposta de austeridade, – palavra esta que fez muito rubro-negro redescobrir o dicionário – que a chapa azul sentou o lombo na Gávea. Expectativa, ansiedade, apoio. Nos pediram um tempo, nos pediram calma, nos pediram para esperar. Compramos a ideia.

E a areia vai descendo lentamente da ampulheta, correndo contra o desespero e o azar. E olha que um título nacional e, 2013 e outro estadual em 2014, ambos mais na base da sorte do que competência, deram um respaldo subliminar aos gestores do clube. Perdeu-se jogadores, ganhou-se Certidões Negativas. Patrocínios que pagam dívidas, valores de ingresso que saciam convênios. E a torcida do Flamengo, nem tão paciente quanto Jó, assiste ao naufrágio sem entender o que realmente possa significar a palavra profissionalismo.

Financeiramente o clube vai se ajustando, mas que bonito, mas que beleza. E dentro de campo, o futebol maior gerador das receitas, temos um time que vai se apequenando rumo a uma tragédia anunciada. O amadorismo profissional de nossos administradores está tornando o esporte, seu bussiness.

Nosso time é uma merda. Elenco fraco, cheio de vícios, sem brios. Jogadores mimados, despreparados e um treinador que, ora convenhamos, não vale o quanto pesa e sequer pode fazer mágica. Mas, e daí? As contas estão sendo pagas, as dívidas sanadas e a sorte lançada. Quem sabe a gente não se salva pelas mãos de São Judas? Calma, mas pra quê pânico. Os jogadores vão relaxar nessas férias de Copa do Mundo e a gente fica frio colecionando álbum de figurinhas.

O Flamengo não é movido apenas pelo basquete, único motivo de orgulho destas cores. Nem dá para juntar o remo ou a bocha neste bolo e torcer até ficar rouco. Não! O que gera receita, o que renova a torcida, o que move a paixão, é a bola no pé e o grito de gol. Ninguém se associa, faz plano de amor, porque a ginástica do clube faz palpitar forte o coração. É a porra do futebol.

E não me venham falar de verba! Até porque, este time é mais caro que aquele que tinha o Ronaldinho Gaúcho. Ora, então qual é o problema, diretoria? Não me venham falar de inflação neste período, tá? O problema, a meu ver, sãos as decisões equivocadas e as contratações ridículas. Renovar com ancião, trazer jogador do interior, contratar ex-jogador em atividade, apostar em fracasso…  Hum… matei! O ‘X’ da questão é: conhecimento sobre gestão do futebol. E isso não se aprende fazendo curso por correspondência.

Então reformulem, demitam, contratem! Façam o certo e a preço justo. Austeridade com inteligência. E tudo isso, antes que o nosso Flamengo se transforme em mais uma chacota nacional, mais por pura falta de competência do que por profissionalismo.

Fonte: Falando de Flamengo


SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/06/Amadorismo-profissional.html

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