Vencer um estadual não é sinal de que o time vai se sair bem numa Libertadores, ainda mais quando o estadual em questão se trata de um carioca. Desde 2008 que a competição regional, antes conhecida como a mais charmosa do Brasil, tem perdido o seu prestígio com os torcedores e isso tem se refletido tanto no público das arquibancadas quanto na disposição dos times em campo.
Nesse ano já tivemos o Botafogo como exemplo de time que pouco se esforçou para conseguir uma vaga nas semi-finais e ainda não se mostrou sequer abatido por isso. E a tendência, é que mais equipes tomem dessa mesma atitude conforme os anos passam e nada é feito para que os jogos fiquem mais atrativos. Então qual a importância o torcedor deve dar a uma semi-final como a de hoje?
O prêmio pela vitória é considerável e nenhum clube atualmente está em posição de dispensar dinheiro, mas visto que por outro lado nos preocupamos com uma possível eliminação precoce na libertadores, que pode nos custar mais do que a FERJ é capaz de cobrir, o desinteresse torna-se logo compreensível. Não a toa que hoje, 22:00 hs da noite de uma quarta-feira, com transmissão televisionada, espera-se muito pouco público para uma semi-final entre Flamengo e Cabofriense.
A verdade é que não existe mais procura. Não há preço de ingresso que traga a emoção que as pessoas costumavam sentir nos jogos. A época de brigar por hegemonia do Rio passou e o desejo de conquistar as Américas e o mundo tomaram o seu lugar. Qual a pessoa acostumada a assistir os jogos da liga dos campeões se anima ao ver o próprio clube disputando o título com times de série B, C, D e E? Mas ainda assim, entra técnico, sai técnico, entra ano e sai ano, eles sempre dão um jeito de dar a esse campeonato uma importância aquém da que ela merece.
A grande questão é saber até quando mais sofreremos com classificação para as oitavas de final de uma competição intercontinental, por conta de um torneio que capenga a duras penas para se manter entre os mais importantes do Brasil.
SRN
Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/03/O-custo-de-ser-campeao.html
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