sábado, 29 de março de 2014

Duas semifinais, dois grandes e 13 mil pagantes.









Somando as duas semifinais do Campeonato Estadual, pouco mais de 13 mil pessoas pagaram ingresso para ver os jogos. Que, aliás, nem foram tão ruins. O Vasco x Fluminense desta quinta-feira, aliás, foi animado, tenso e cheio de oportunidades de gol.

Mas não é isso que está em questão. O estrago já fora feito. O público não deixou de comparecer por não acreditar que veria bons jogos. Sabia que as partidas tinham caráter decisivo. Acontece que os torcedores perderam, isto sim, o respeito pelo campeonato.

O massacre à credibilidade do Estadual e, por consequência, às marcas dos clubes, expostas a um torneio longo demais e com gente de menos nos estádios, produziu seus efeitos. O campeonato se desgastou, virou sinônimo de evento desinteressante, menor. Não é a semifinal que não atrai gente. Não são Vasco, Fluminense e Flamengo que não atraem público. É o Estadual. Este Estadual.

Quem foi ao Maracanã nesta quinta-feira, viu um Vasco mais ousado em campo, um Fluminense mais conservador. Só que houve chances para os dois lados. O 1 a 1 não foi injusto. Mas os vascaínos andaram mais perto de ganhar.

Se não faltou ousadia na postura do time de Adílson Batista, talvez seja hora do treinador apostar mais no jovem Thalles. É daqueles jogadores que pedem passagem. Personalidade não lhe falta.

Já Renato terá, no domingo, que abdicar da tentação que o conservadorismo tem exercido sobre seu trabalho nos últimos tempos. A vantagem do empate parece um convite.

Na véspera, o Flamengo não fora brilhante. Mas nem era preciso diante de um rival entregue. A diferença técnica era enorme. Um retrato do Estadual.

Ainda há tempo de salvar as finais. Mas há uma receita a cumprir.

A começar pela segurança. Não é mais aceitável ver, ao redor do Maracanã, crianças chorando em meio a bombas de gás e balas de borracha, fugindo de uma briga anunciada, com cara de filme repetido. A incompetência das nossas forças de segurança extrapolou os limites. Cansou. A passividade do governo também.

Depois, vem uma boa promoção. Um trabalho para convencer o público de que vale a pena comparecer.

Para quem atender ao chamado, que tal prestar um serviço decente, da venda de ingressos ao acesso?

Por fim, preços decentes. O aumento para R$ 80 no valor da semifinal promovido pelo Flamengo, justamente antes de um jogo com cara de amistoso e num sábado às 18h30m, soa como uma mistura de piada de mau gosto e agressão ao bom senso. Os clubes também têm sua parte na tragédia que virou o Estadual.

Será que pedir o básico é pedir muito? Pelo que se tem visto, parece que sim. Mas é o único caminho para um desfecho que salve a situação e honre a tradição.

Fonte: Blog do Mansur


SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/03/Duas-semifinais-dois-grandes-13-mil-pagantes.html

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