Sou de uma época em que o campeonato carioca de basquete era espetacular: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco tinham autênticos timaços, e os duelos eram inesquecíveis — as finais, geralmente, eram no Maracanãzinho, que ficava lotado. Daqueles bons tempos de Marquinhos, Aurélio, Peixotinho, Ilha, Barone, Manteiga, Fioravante, Rogério e tantos outros, pouco restou no Rio. O Fla é uma honrosa exceção, e até Oscar Schmidt envergou o manto sagrado nos últimos anos de sua carreira.
Por isso, foi de arrepiar ver o rubro-negro reverter uma desvantagem (perdera o primeiro jogo por três pontos) e conquistar, com sobras, o título intercontinental, batendo o campeão europeu Macabbi Tel Aviv por 90 a 77. Um banho. O craque do campeonato foi o argentino rubro-negro Nicolás Laprovittola, um jogadoraço. Mas o maior show veio mesmo das arquibancadas lotadas da Arena da Barra, onde a torcida do Flamengo provou, uma vez mais, sua paixão e sua força. Que lindo espetáculo!
A SOLUÇÃO DO BAGÁ
Encontro o Bagá, caminhando no calçadão de Ipanema, todo pimpão, com uma faixa de campeão do mundo (de basquete) no peito. Não sabia da paixão do ciclope pelo esporte da bola ao cesto, mas ele prova estar por dentro das coisas:
— Chefia, sabe qual é o problema do Mengão? Não ter, no futebol, um cracão como esse “hermano” do basquete.
Concordo que Laprovitolla é um monstro, e, de repente, o rosto do gigante de ébano se ilumina.
— Tive uma ideia!
Tentei me escafeder rapidamente (as ideias do sacrossanto crioulo, geralmente, acabam o levando para o xadrez), mas ele me segura pelo braço e me conta o seu lampejo:
— Por que não se testa esse argentino do basquete no futebol? Tem ginga, é do país do Maradona e do Messi, de repente... Mais que esse Arthur ele joga, com certeza...
Fonte: Blog do Renato Maurício Prado
SRN
Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/09/Mais-um-Mundial.html
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