Os técnicos cariocas iniciam 2015 pressionados. Vanderlei Luxemburgo (Flamengo), Cristóvão Borges (Fluminense), Doriva (Vasco) e René Simões (Botafogo) reconhecem que serão ainda mais cobrados pela necessidade de resultados positivos em meio ao processo de reestruturação financeira dos clubes.
Eles são unânimes no que diz respeito aos dirigentes priorizarem o trabalho, mas sabem que logo no Campeonato Carioca a pressão dará as caras em caso de tropeços. A mudança de cenário está definida. Resta saber como os quatro grandes do Rio de Janeiro se apresentarão na temporada.
"Os técnicos podem colaborar para que 2015 seja um bom ano no futebol carioca. Sempre existe a cobrança no treinador, mas os clubes também precisam oferecer melhores condições de trabalho. Acho a reestruturação fundamental e falei sobre isso em 1991. Na época, quase me mataram no Rio. Você conclui depois de tantos anos que nada foi feito. Os cariocas se sustentaram com conquistas, enquanto os outros se preocuparam com títulos e estrutura. Ficamos para trás por essa razão. Estou muito contente com o interesse do Flamengo em recuperar o clube. Estamos no caminho certo", afirmou o técnico Vanderlei Luxemburgo.
Cristóvão Borges compartilha da opinião de Luxa. Porém, o treinador tricolor vai além e considera que o desempenho dos principais clubes no Campeonato Carioca precisa ser avaliado de forma diferente antes do Campeonato Brasileiro.
"É uma mudança de cenário pela questão econômica. Isso está acentuado agora. Me parece uma quebra definitiva. A perspectiva inicial é de dificuldade e mais uma razão para o trabalho diferenciado do técnico. Temos uma prova de fogo pela frente no Carioca. É uma competição que derruba mais treinador do que qualquer outra coisa. Os times não conseguem a preparação adequada e passam por constantes desafios", explicou.
"Também existe a preocupação com um possível título. Geralmente, a avaliação do Carioca é feita de maneira equivocada para o Brasileiro. A conquista esconde muitas coisas e a performance acaba sendo ruim na principal competição do ano. Temos que refletir mesmo com um objetivo cumprido no início da temporada", completou.
Luxa e Cristóvão já estavam no futebol carioca em 2014 e terminaram a temporada de forma distinta. O rubro-negro foi abraçado pela torcida por ter livrado o time do rebaixamento. Por sua vez, o tricolor recebeu críticas em razão de não ter colocado o time das Laranjeiras na Copa Libertadores.
Mas o Rio de Janeiro também terá caras novas. Doriva assume o Vasco com a mesma cobrança dos veteranos e busca espaço em um grande clube depois de levar o Ituano ao título do Campeonato Paulista do ano passado.
"Trabalhar em um clube como o Vasco é uma grande projeção. É preciso estar pronto para esse desafio. Tenho que fazer esse time jogar na frente e marcar no campo de ataque. Estou empolgado com o desafio e não vejo a hora de trabalhar", disse o vascaíno.
No Botafogo, René Simões volta ao futebol carioca depois de passagem questionada como diretor executivo de futebol do Vasco. Ele terá a responsabilidade de conduzir o Alvinegro novamente à elite do Brasileirão após o rebaixamento traumático e cercado de problemas em 2014.
"Temos uma camisa que enverga varal. Precisamos de um elenco com química para promover o retorno do Botafogo. Essa readequação dos salários é importante. Não existe arcar com os valores que tanto foram praticados no Rio de Janeiro durante os últimos anos. O sofrimento é necessário, mas poderemos ter clubes mais fortes e com promessas de conquistas no futuro", encerrou.
Fonte: UOL
SRN
Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2015/01/tecnicos-do-rj-iniciam-ano-pressionados-por-reestruturacao.html
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