segunda-feira, 15 de setembro de 2014

O foco está no árbitro, e não no péssimo trabalho no Timão.









Sandro Meira Ricci foi o grande parceiro de Mano Menezes. Ao confirmar o gol irregular de Wallace e marcar um pênalti inexistente de Fágner, ele roubou toda a atenção. O foco todo está no árbitro. E não no péssimo trabalho do treinador na derrota do Corinthians para o Flamengo por 1 a 0, no Maracanã.

Outra vez, o clube paulista mostrou futebol lento, inconvincente. Apesar de ter um elenco muito superior ao do time carioca, ficou atrás. Mano deixou a equipe defendendo. Ofereceu campo para o limitado elenco de Vanderlei Luxemburgo se impor. O treinador corintiano parecia ter tipo um surto de amnésia. Ele esqueceu a força da torcida flamenguista empurrando seu time. Principalmente quando enfrenta adversário covarde taticamente.

Não é para menos que tanto candidatos da situação como da oposição à eleição do Corinthians já decidiram. Não querem seguir com Mano Menezes como treinador do time. Sua rejeição é imensa entre os conselheiros. Apesar de o clube gastar R$ 12 milhões com seus jogadores, o resultado é pífio. O treinador já abriu mão de brigar pelo título do Brasileiro. Está a dez pontos do líder Cruzeiro.

Havia o respeito pela tradição do Flamengo. Mas conselheiros e dirigentes no Parque São Jorge tinham a convicção que a partida, mesmo no Maracanã, era para vitória obrigatória. A diferença técnica entre os dois times é muito grande. Mas ninguém esperava que Mano iria colocar o Corinthians com uma postura de equipe pequena. Há grande diferença entre se defender e se apequenar.

Desde os primeiros minutos, ficou claro que o time paulista pensou pequeno. Em vez de tomar o domínio do jogo. Se assumir como o responsável por determinar o ritmo da partida, o Corinthians renunciou à iniciativa. Preferiu ficar correndo atrás dos flamenguistas. Vanderlei Luxemburgo precisava vencer. As derrotas diante de Grêmio e Goiás haviam abalado a confiança dos torcedores e da própria diretoria. Seu time precisava de uma vitória contra um dos grandes do país.

E tratou de apostar no seu grande jogador. Everton estava absurdamente livre. Incrível Mano Menezes ter Ralf, manter Elias travado no campo corintiano, segurar Fagner e mesmo assim, o flamenguista fazer o que quiser com a bola. O Corinthians simplesmente não marcou o principal jogador rival. Erro primário, inaceitável.

Assim como outra modorrenta atuação corintiana. Parecia que a equipe havia ido para o Rio de Janeiro comer uma feijoada. E fazer a digestão no Maracanã. O time tocava de uma maneira lenta demais. Lodeiro e Renato Augusto pareciam atuar em câmera lenta. Quase não atravessavam a intermediária adversária. Se preocupavam em marcar. Eram dois atletas anulados pela covardia tática corintiana.

Os flamenguistas apelavam pela correria. Apenas Everton mostrava técnica. Os demais mostravam raça, disposição, correria, vontade. Tinham gana. Mesmo jogador limitado tem instinto. Eles perceberam que os corintianos estavam mais interessados em empatar, ficar tocando bola atrás. Era quase tudo o que o Flamengo precisava.

Mas como faltava talento ao time carioca para marcar, a presença de Sandro Meira Ricci foi fundamental. Em uma bola fácil para a arbitragem, houve um levantamento para a área. Eduardo Silva estava escandalosamente impedido. Ele dominou a bola e Wallace estufou as redes de Cássio. Gol inacreditavelmente confirmado. 1 a 0, Flamengo, aos 19 minutos do segundo tempo.

Mas viria erro muito pior, primário. Éverton chutou forte. Fagner estava perto demais do flamenguista. E com o braço colado ao corpo. Mesmo se quisesse, não teria tempo para se posicionar e desviar a trajetória da bola. Clássico caso de bola na mão. Mas de frente para a jogada, Sandro Meira Ricci marcou pênalti. Inacreditável. Ainda mais para o juiz que representou o Brasil na Copa do Mundo. E que carrega o distintivo da Fifa no peito.

Eduardo da Silva cobrou muito mal e facilitou a defesa de Cássio. Só nos últimos vinte minutos, o Corinthians tentou buscar o ataque. Mas sem consciência, com muita precipitação. Time mal trabalhado, fácil de ser marcado. Não é por acaso que só marcou 25 gols no Brasileiro. 12 a menos do que o São Paulo. 18 a menos que o Cruzeiro!

Mario Gobbi se isola cada vez mais politicamente no Corinthians. Além das trapalhadas com as dívidas corintianas, o clube chega a gastar perto de R$ 1,2 milhão em salários de atletas seus para atuarem em outros clubes, o dirigente é o único que apoia Mano Menezes. Ele já sabe que terá de procurar outro lugar para trabalhar em 2015. Roberto de Andrade e Paulo Garcia não podem nem ouvir falar no seu nome.

Ele estaria sendo outra vez criticado neste domingo. A derrota para o limitado Flamengo trava o Corinthians no sonho de conquistar o Brasileiro. No planejamento do campeonato, os três pontos do Brasileiro eram imprescindíveis. Mas para isso, o Corinthians precisa atacar, marcar gols. Com Mano Menezes está cada vez mais difícil. O técnico teve muita sorte, Sandro Meira Ricci e seus erros absurdos surgiram no seu caminho. E o foco está desviado. Mais um péssimo jogo sob seu comando não será analisado como deveria. Por culpa do juiz que representou o Brasil na Copa do Mundo de 2014.

Diante dos decepcionantes resultados, Mano não se conteve no Maracanã. E confirmou o que poucos queriam ouvir no Parque São Jorge.

"Pelo que estamos jogando mais para a Libertadores do que para título", assumiu o treinador. Ele matou de vez a esperança de dirigentes e torcedores da conquista do Brasileiro de 2014. Mesmo faltando nada menos do que 17 rodadas. Faltando 51 pontos a serem disputados. Lembrando que, se o time não conseguir nem a Libertadores, será um caos financeiro no planejamento do clube para pagar o Itaquerão.

Só Mario Gobbi pode explicar porque defende tanto Mano Menezes. Assim como a Comissão de Arbitragem da CBF está sempre do lado de Sandro Meira Ricci...


Fonte: Blog do Cosme Rimoli


SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/09/O-foco-esta-arbitro-nao-pessimo-trabalho-Timao.html

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