segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A hora de fazer acontecer.









Quarta-feira, dia 29 de outubro, o Flamengo iniciará, no Maracanã, a disputa das semifinais da Copa do Brasil de 2014 contra o Atlético/MG. Adversário tradicional, contra o qual, no último dia 20 de agosto, completou com uma vitória por 2x1 a significativa marca de 100 (cem) confrontos diretos, dentre inúmeras competições e amistosos, no meio dos quais foram disputados confrontos que marcaram a história do futebol brasileiro, como na final do Campeonato Brasileiro de 1980 (para mim, o maior jogo de futebol de todos os tempos entre clubes) e na semifinal do Campeonato Brasileiro de 1987 (o gol do Flamengo que mais me fez vibrar em quase quarenta e cinco anos de idade), ou mesmo o duelo da reta final do Brasileiro de 2009 (pontos corridos), disputado no Mineirão. Nesses 100 (cem) confrontos, o Flamengo leva vantagem com 40 (quarenta) vitórias, 30 (trinta) empates e 30 (trinta) derrotas, além de 151 (cento e cinquenta e um) gols marcados e 135 (cento e trinta e cinco) sofridos. É comum, quando uma determinada agremiação leva significativa vantagem no confronto direto, que a estatística se inverta ou ao menos se equilibre em jogos decisivos, os quais, por sua natureza, fogem do padrão; porém, isso não acontece no confronto entre Flamengo x Atlético/MG, caracterizado não apenas pela vantagem rubro-negra em confrontos-padrão, como também na expressiva superioridade em partidas decisivas. Enfim, a despeito da grande rivalidade entre as torcidas e do peso do confronto, o Galo acaba sendo o que se costuma chamar na gíria futebolística de "freguês".

Conseguirá o Flamengo manter a escrita?

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O Atlético/MG ocupa hoje a vice-liderança no Campeonato Brasileiro, enquanto o Flamengo está na modesta 11ª colocação. Os números traduzem a diferença entre os dois times no Brasileiro: o Galo tem dez gols marcados a mais, porém as equipes se igualam no número de gols sofridos. Enquanto o Flamengo tem dois empates a mais, o Galo tem quatro vitórias a mais do que o Flamengo.

A grande diferença, logo se vê, está nos setores ofensivos de ambas as equipes. O Atlético/MG tem Diego Tardelli em magnífica forma coadjuvado por jogadores do nível de Jô, Guilherme e Dátolo (que voltou a jogar bem e a marcar muitos gols no time mineiro). Já o Flamengo começou o ano com boas opções no setor ofensivo, mas aos poucos elas foram se perdendo pelos mais diversos motivos: Hernane foi negociado, ao passo que a própria Copa do Brasil tirou Paulinho e depois Alecsandro de ação até o final do ano. Hoje, o Flamengo basicamente conta com Eduardo da Silva e Gabriel, que subiu muito de produção no último mês, enquanto o banco com Nixon, Sartori e Elton não chega a encher os olhos.

Nos outros setores, ao meu ver, há equilíbrio, com a diferença de que o elenco mineiro é mais completo. Contudo, comparando as equipes titulares, se Victor é de fato um goleiro de seleção, Paulo Victor vive grande fase; se nossos laterais apresentam problemas defensivos, ofensivamente são muito importantes; enquanto o Galo tem a experiência de Josué e a habilidade de Maicosuel e Dátolo, o Flamengo tem a força de Cáceres, a intensidade de Éverton e a categoria de Canteros.

Contudo, penso que, por conta do desmantelamento do setor ofensivo, o Flamengo é um time que ainda não aconteceu esse ano e na própria Copa do Brasil. Faltam a intensidade, a objetividade, a velocidade e a segurança do time do ano passado, o qual, contraditoriamente, era menos técnico do que o de 2014.

A hora de crescer de produção e fazer a diferença não poderia ser melhor.

De resto, cabe ao time manter o ímpeto do "saco de cimento" e, especialmente no setor defensivo, ter mais atenção e determinação para não cometer falhas evitáveis que vêm gerando derrotas desnecessárias para a equipe. É bom lembrar do critério de desempate e de que levar gol em casa é o pior dos mundos na Copa do Brasil.


Fonte: Buteco do Flamengo


SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/10/a-hora-de-fazer-acontecer.html

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