Foram duas goleadas em duas semanas. E as divisões de base do Flamengo tentam entender os 6 a 1 sofridos pelo time sub-17 diante do Atlético-MG e os 7 a 0 aplicados pelo Fluminense na equipe sub-20. Para Marcos Biasotto, que há um ano e dois meses assumiu a coordenação das categorias de formação do rubro-negro, o clube não lida com um déficit de estrutura em relação aos demais clubes brasileiros. Uma viagem mal programada e uma pane técnica são, neste momento, os motivos para os desastres recentes.
Uma decisão arriscada antecedeu a derrota na semifinal da Copa do Brasil sub-17. A competição, usualmente, vinha sendo disputada no segundo semestre de cada ano. Diante disso, o Flamengo aceitou o convite para um torneio em Dallas, nos Estados Unidos. No entanto, a CBF acabou marcando a competição nacional para o primeiro semestre.
O resultado foi que o Flamengo jogou sua última partida nos EUA no dia 20 de abril, embardou no dia seguinte e chegou ao Rio no dia 22, às 11h, após mais de 15 horas de viagem. Dez horas depois, os jogadores estavam em campo, com transmissão em rede nacional, para enfrentar o Atlético-MG. E perderam por 6 a 1.
- A gente achava importante para o clube ir a Dallas. Depois, a CBF marcou a Copa do Brasil e, em respeito à entidade e à TV que transmitiria, decidimos aceitar. Embora tivéssemos avisado que haveria conflito de datas. Pedimos alteração da data do jogo com o Atlético-MG. A CBF alterou, mas não da forma que queríamos. Sabíamos que haveria um desgaste. Mas a verdade é que também não esperávamos perder de seis – disse Marcos Biasotto.
Perguntado se não seria mais prudente, para preservar a imagem do clube, usar outros jogadores ou atletas de uma categoria inferior, Biasotto explicou que o elenco do sub-17 do Flamengo não é grande. E acrescentou que alguns jogadores foram, sim, poupados.
O torneio em Dallas, patrocinado pela Adidas, fornecedora de material esportivo do Flamengo, não reunia gigantes mundiais. Participaram equipes da liga norte americana (MLS), o Stoke City, da Inglaterra, e o Chivas, do México. O Flamengo perdeu para o Stoke, nos pênaltis, a semifinal. E perdeu para o Dallas a decisão do terceiro lugar. Antes, empatara com o Seattle Sounders (1 a 1) e aplicara duas goleadas: 5 a 0 no Colorado Rapids e 6 a 1 no New York Red Bulls.
Já a derrota por 7 a 0 para o Fluminense, pelo Estadual Sub-20, não tem explicação. É o que diz o próprio Biasotto.
- Explicar é complicado. Num time de garotos, acontece. As coisas começam a dar errado e eles não têm a experiência para segurar. Há dois anos, o Flamengo ganhou do Fluminense de 6 a 1. O time não é ruim. Foi à semifinal da Taça Guanabara, mas perdeu para o Nova Iguaçu. Jogaram Caio Rangel, Douglas Baggio e o Jajá, que foi convocado pelo Alexandre Gallo para a seleção. O time estava quase completo – disse o dirigente.
Após a eliminação na Copa São Paulo de Juniores, o Flamengo demitiu o técnico Cléber dos Santos e contratou Marcelo Buarque. Já Leonardo Inácio, ex-jogador rubro-negro, chegou para substituir Toninho Barroso na função de diretor técnico.
- Ambos estão fazendo um bom trabalho. Na parte de infraestrutura, o Flamengo dá boas condições aos jogadores. Eles têm o necessário para se desenvolverem. O clube tem o que os demais têm. Alguns têm um pouco mais estrutura, outros têm menos.
Fonte: Blog do Mansur
SRN
Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/05/Uma-viagem-uma-pane-dias-goleadas.html
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