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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Gabriel e Everton vão a campo e fazem trabalho físico.









Um sopro de esperança para o Flamengo nesta segunda-feira no Ninho do Urubu. Everton e Gabriel apareceram no campo de treinamento e fizeram um trabalho físico sob o comando de Antonio Mello. Os dois lutam para poderem atuar contra o Atlético-MG, quarta-feira, em Belo Horizonte, pelo jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil.

Everton sentiu um problema na coxa esquerda ainda no jogo de ida da semifinal, quarta-feira passada. Gabriel saiu de campo domingo no primeiro tempo da vitória sobre a Chapecoense com dores no mesmo local.

Outro com problema muscular, Léo Moura não apareceu no campo e ficou no departamento médico. O jogador saiu de campo logo depois de perder uma cobrança de pênalti no primeiro tempo do jogo com a Chapecoense, alegando estar com dores na coxa direita.

O Flamengo venceu por 2 a 0 o jogo de ida e pode perder até por um gol de diferença para o Atlético-MG. Derrota por 2 a 0 leva a decisão para as cobranças de pênaltis.


Fonte: GE


SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/11/gabriel-e-everton-vao-campo-e-fazem-trabalho-fisico.html

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Everton e o espírito que o torcedor quer em campo.









A proposta que o Flamengo foi a campo contra o Vitória não era fácil de se cumprir. Além de ser cirúrgico, teria que contar com a velocidade de Everton e Paulinho e eles teriam que estar bem. Sem eles, a ideia de jogar em velocidade, nos contra-ataques não vingaria. E, ainda bem, o Flamengo teve no Everton o desafogo em velocidade para o ataque que foi importantíssimo nos três pontos contra o Vitória, na casa deles.

Antes dos 15 minutos do primeiro tempo, Everton já mostrou o seu cartão de visitas. Numa bola recuperada, avançou pela esquerda do ataque e chutou cruzado. A bola bateu na trave e voltou, calmamente, para a mão do goleiro deles, que estava batidíssimo no lance. Parece que esse lance deu um "combustível" extra a ele. Como ele correu pela esquerda do ataque. Dos seus pés, saíram as melhores chances do Flamengo no primeiro tempo, principalmente.

Everton é um jogador esforçado. Talvez seja por isso que ele sempre foi importante pelos times que passou. Embora esse ano tenha se lesionado durante um período, foi um dos jogadores que manteve o equilíbrio nas atuações no inicio do ano, na Libertadores. No Hexa do Flamengo substituiu um dos principais jogadores do elenco na época, improvisado numa posição que não era a dele. 

É esse espírito que o torcedor do Flamengo precisa de seus jogadores em campo. E esse espírito dificilmente o Everton não tem.


Fonte: Primeiro Penta


SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/09/Everton-espirito-torcedor-quer-campo.html

terça-feira, 22 de julho de 2014

Saiba como seu filho pode entrar em campo com o Flamengo.










A Promoção "Pequeno Rubro-Negro" permitirá que torcedores, de 6 a 12 anos, entrem em campo com seus ídolos, no domingo (23.07), contra o Botafogo, no Maracanã. Para participar, sócio-torcedores podem acessar a promoção no sitedo Nação, ou através do link disponibilizado nas redes sociais oficiais do clube.

São apenas dez vagas, destinadas aos primeiros que clicarem para participar da promoção. Até as 17h todos os planos estarão aptos a participar.

Terça-feira (22.07)
+Paixão – 11h
Paixão – 12h
+Amor –  13h
Amor –  14h
+Raça –  15h
Raça –  16h

Fonte: Site Oficial do Flamengo


SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/07/Saiba-como-seu-filho-pode-entrar-campo-Flamengo.html

quinta-feira, 19 de junho de 2014

"Dentro de campo quem resolve somos nós", diz Hernane.









Foi com personalidade e sem terceirizar responsabilidade que Hernane avaliou a situação do Flamengo. A presença na zona de rebaixamento do Brasileirão, entende o centroavante, é culpa dos jogadores. Ao isentar o antigo chefe Jayme de Almeida e o atual Ney Franco, o Brocador confia que o retiro do grupo em Atibaia, no interior de São Paulo, o começo da preparação para a retomada do campeonato, será importante para sair da crise. 

Em nove rodadas, o Rubro-Negro somou sete pontos. É o 19º colocado. E não ganha desde 4 de maio, dia do 4 a 2 sobre o Palmeiras no Maracanã. São, então, seis rodadas sem saber o que é ganhar. 

- Se faltou alguma coisa foi de nós jogadores mesmos. Dentro de campo quem resolve somos nós. Não é o preparador ou o treinador, então, temos que focar bastante nisso pois o que passou, passou. Agora será uma nova fase, e o Flamengo sairá dessa crise. Vai ser importante ter este período, o único momento em que teremos para ficar juntos. Vale o esforço de ficar longe da família. Não estamos posição confortável. O clube é grande e tem de se recuperar – disse o camisa 9.  

Sem atuar desde a derrota para o São Paulo, em 18 de maio, dia em que machucou o tornozelo direito, Hernane está curado da lesão e realiza treinamentos específicos para recuperar a forma física. Estime que estará à disposição de Ney para os trabalhos táticos em até oito dias. 

- Preciso mais esta semana, trabalhar bem, trabalhar forte, para estar 100%. A lesão foi séria, então, tem de ter cuidado para fortalecer bem a musculatura. Logo, estarei com o grupo. O cuidado é para não ter nova lesão. Em sete ou oito dias estarei zerado para voltar – completa o atacante. 

O Flamengo permanece em Atibaia até a próxima segunda-feira. Depois, continuará a preparação no Rio. O próximo jogo é contra o Atlético-PR, em 16 de julho, ainda em local indefinido.

Fonte: GE


SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/06/Dentro-campo-quem-resolve-somos-nos-diz-Hernane.html

"Dentro de campo quem resolve somos nós", diz Hernane.









Foi com personalidade e sem terceirizar responsabilidade que Hernane avaliou a situação do Flamengo. A presença na zona de rebaixamento do Brasileirão, entende o centroavante, é culpa dos jogadores. Ao isentar o antigo chefe Jayme de Almeida e o atual Ney Franco, o Brocador confia que o retiro do grupo em Atibaia, no interior de São Paulo, o começo da preparação para a retomada do campeonato, será importante para sair da crise. 

Em nove rodadas, o Rubro-Negro somou sete pontos. É o 19º colocado. E não ganha desde 4 de maio, dia do 4 a 2 sobre o Palmeiras no Maracanã. São, então, seis rodadas sem saber o que é ganhar. 

- Se faltou alguma coisa foi de nós jogadores mesmos. Dentro de campo quem resolve somos nós. Não é o preparador ou o treinador, então, temos que focar bastante nisso pois o que passou, passou. Agora será uma nova fase, e o Flamengo sairá dessa crise. Vai ser importante ter este período, o único momento em que teremos para ficar juntos. Vale o esforço de ficar longe da família. Não estamos posição confortável. O clube é grande e tem de se recuperar – disse o camisa 9.  

Sem atuar desde a derrota para o São Paulo, em 18 de maio, dia em que machucou o tornozelo direito, Hernane está curado da lesão e realiza treinamentos específicos para recuperar a forma física. Estime que estará à disposição de Ney para os trabalhos táticos em até oito dias. 

- Preciso mais esta semana, trabalhar bem, trabalhar forte, para estar 100%. A lesão foi séria, então, tem de ter cuidado para fortalecer bem a musculatura. Logo, estarei com o grupo. O cuidado é para não ter nova lesão. Em sete ou oito dias estarei zerado para voltar – completa o atacante. 

O Flamengo permanece em Atibaia até a próxima segunda-feira. Depois, continuará a preparação no Rio. O próximo jogo é contra o Atlético-PR, em 16 de julho, ainda em local indefinido.

Fonte: GE


SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/06/Dentro-campo-quem-resolve-somos-nos-diz-Hernane.html

sábado, 24 de maio de 2014

Flamengo encara mau momento sem "escudo" fora de campo.









Luz apagada no comando do departamento de futebol do Flamengo. Em meio à pior crise de resultados desde o início da gestão Bandeira de Mello, o clube designou ao CEO Fred Luz a função de diretor executivo da pasta. Passada a primeira semana do cargo, porém, o elenco ainda carece de uma figura de liderança nos bastidores. Se Paulo Pelaipe muitas vezes era questionado por ser enérgico demais, o interino na condição de homem forte do futebol tem contato praticamente nulo com os jogadores e se resume a funções burocráticas.

O episódio desta sexta-feira, quando Felipe faltou o treinamento da manhã e alegou, somente durante a tarde, ter se confundido com o horário da atividade, por sinal, evidencia isso. Após o goleiro se posicionar, coube ao vice de futebol, Wallim Vasconcellos, e ao treinador Ney Franco debaterem a posição do clube a respeito do caso, que será revelada no sábado. O jogador, inclusive, se comunicou com o supervisor Sergio Helt, que trata basicamente da logística do time.

A mudança de comportamento dos jogadores sem a figura de um líder nos bastidores, por sua vez, pode ser vista já nos dias seguintes das demissões de Jayme e Pelaipe, quando parte do grupo descumpriu uma cartilha para os treinamentos. A proibição de trabalhar com meia curta e a obrigação do uso da caneleira foram ignorados (veja ao lado), mas o próprio Ney entrou em ação e já a partir de seu segundo dia de trabalho, na quinta-feira, dia 15, tudo voltou ao normal.

Presente nos treinamentos de segunda e terça-feira no Ninho do Urubu, e na partida com o Bahia, Fred Luz sequer organizou uma reunião com o grupo para uma apresentação coletiva formal ou apontar diretrizes no período em que ficará na frente do departamento. O comunicado de que ficará no lugar de Paulo Pelaipe enquanto o clube busca um nome no mercado aconteceu individualmente com algumas lideranças no centro de treinamento.

O elenco trata a situação com naturalidade, mas sente falta de um "escudo". Questionados sobre o dirigente, muitos responderam com "nunca falei com ele" ou "não tenho intimidade". Após o empate com o Bahia, por 1 a 1, com um gol no fim e atuação abaixo da média, Fred Luz apareceu calado e discreto no vestiário. No dia seguinte, mesmo com o turbilhão de críticas que o time tem sofrido, não apareceu no Ninho do Urubu. Nesta sexta-feira, ele também esteve no CT, mas trabalhando da mesma forma.

Apesar da presença mais próxima do futebol, Luz tem ficado restrito a ações burocráticas, administrativas, até por não ser especialista no ramo. Neste caso, até mesmo o antecessor, Pelaipe, se reportava ao CEO para informar de suas decisões. Desta vez, porém, mesmo estando no convívio, é o supervisor Sérgio Helt quem faz a ponte e informa sobre as necessidades, seja do departamento em si ou dos jogadores.

Questionado sobre a função que desempenha neste organograma temporário do futebol rubro-negro, Fred Luz admitiu que sua presença no centro de treinamento não tem a mesma imponência de um profissional da função:

- Estou interinamente, é mais para dar um apoio, mas naturalmente não é uma figura como a do Pelaipe. É absolutamente natural. Estamos sem diretor por um tempo, estamos buscando, e estou suprindo essa ausência mais para dar apoio.

Outra peculiaridade na realidade do novo diretor executivo temporário é a ausência em uma das principais atribuições da pasta: as contratações. O vice de futebol, Wallim Vasconcellos, é quem tem agido no mercado, sempre em parceria com o vice de marketing, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, e o vice de finanças, Rodrigo Tostes. As ações rubro-negras neste sentido, entretanto, ainda são tímidas, e muitas vezes a iniciativa de empresários oferecendo nomes. Um dos que surgiram recentemente foi o do atacante Kléber, do Grêmio, mas as conversas não avançaram.

No organograma atual, quem poderia suprir essa carência de líder no departamento de futebol é o vice, Wallim Vasconcellos. O dirigente, por sua vez, mantém a rotina de visitas raras ao centro de treinamento, como acontecia na gestão Pelaipe. Ausente também no empate com o Bahia, ele esteve no Ninho pela última vez na quarta-feira, dia 14, quando apresentou oficialmente Ney Franco como novo treinador.

Com esse organograma empresarial, o Flamengo encara a reta final do Brasileirão antes da parada para Copa do Mundo. Até lá, serão três jogos: contra Santos, Figueirense e Cruzeiro. A realidade na tabela é cruel, com a 16ª colocação, com somente cinco pontos em seis jogos, e o torcedor já deu mostras recentemente de que a paciência está chegando ao fim.

Fonte: GE


SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/05/Flamengo-encara-mau-momento-sem-escudo-fora-campo.html

domingo, 18 de maio de 2014

Crianças com câncer entram com jogadores do Fla em campo.









Na tarde deste domingo, o Maracanã recebeu um grupo de 26 crianças com câncer, que fazem parte de um instituto que trabalha no apoio aos portadores da doença. Além de assistirem o jogo, as crianças entraram em campo com os jogadores do Rubro-Negro, antes do pontapé inicial.

Depois do início da partida, as crianças ficaram nas arquibancadas do estádio, junto com seus responsáveis. O grupo viu Ganso marcar duas vezes e garantir a vitória do São Paulo diante do Flamengo, por 2 a 0.

Fonte: GE


SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/05/Criancas-ca-campo.html

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Vídeo: Wallace comenta vitória do Flamengo ao sair de campo.










Jogador diz que o time não estava bem no primeiro tempo, mas conseguiu reverter a situação.


SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/05/Video-Wallace-comenta-vitoria-Flamengo-sair-campo.html

domingo, 27 de abril de 2014

A cara de pau e predominância dos assuntos fora de campo.









Essa semana parece ter sido, no Flamengo, a semana que os assuntos de fora do campo predominaram sobre os assuntos de dentro de campo. E foi uma semana cheia: teve vazamento de documentação que comprova pagamento de comissão na negociação do Carlos Eduardo (e quanto o Flamengo gastou com isso), multa milionária do Banco Central, divulgação dos números do balanço de 2013 com análises de "especialistas" que inundaram as redes sociais e a divulgação do novo uniforme de treino com novo patrocinador (também com inúmeros especialistas em economia e em pirâmide comercial). E, claro, a cara de pau de alguns que não tem limites.

De novo, houve vazamento de informações de dentro do Flamengo. Desta vez, foi sobre os números do Carlos Eduardo que conseguem ser desagradáveis e indigestos tanto em campo quanto fora dele. Não resta dúvida de que o Carlos Eduardo foi uma aposta errada. Aposta essa que estava sendo disputada por mais alguns clubes e que o Flamengo ganhou a disputa. Flamengo gastou uma grana que não poderia e não deveria. Mas, pelo que me consta, não deixará dívida para o próximo presidente. Então, não entendo porque presidentes que deixaram dívida para o Flamengo de hoje pagar, opinam sobre o Carlos Eduardo. Aliás, não sei porque opinam sobre algo do Flamengo.

Com o fantasma de um passado construído por muitos ex-presidentes que teimam em permanecer no Flamengo, mesmo com passado de "inglórias", os torcedores acordaram com uma multa milionária do Banco Central ao Flamengo por negociações internacionais na década de 90. Não é uma multa nova, o processo já estava rolando, mas é uma multa que tem o valor de quase 4 x mais do que ex-presidentes vão a imprensa reclamar que foi gasto com o Carlos Eduardo. QUASE QUATRO VEZES MAIS! 

Para fugir dessa desorganização que um dia habitou o Flamengo, a diretoria lançou, antes do prazo, o balanço do ano de 2013 com detalhes e transparência cada vez maiores. Se você quiser saber mais detalhes sobre isso, como ganhos, perdas, patrimônio e etc, recomendo ler o texto do Jeff e do Walter que foi publicado no Magia Rubro Negra e no Urublog. Além de explicar itens importantes, a análise tem o tom otimista, o que favorece a leitura de um torcedor preocupado com as finanças na Gávea. Veja aqui

O torcedor preocupado com as finanças do clube e com a grana que ele recebe deve ter ficado aliviado quando soube que o Flamengo tem um novo patrocinador para camisa de treino. Depois de acertar o patrocínio das mangas do Manto de jogo (o que não tivemos em 2013), o Flamengo apresentou, junto com o novo uniforme de treino, a Herbalife. É uma empresa de nutrição americana que está envolvida com denúncias de pirâmide nos Estados Unidos, mas que, no Brasil, tem uma boa aceitação, inclusive com um número cada vez maior de espaços saudáveis sendo abertos (Não sabe o que é isso? Joga no google e se mantenha bem informado sobre nosso novo patrocinador. Informação sempre faz bem).  O acordo se estende pelos próximos 12 meses, período em que a marca Herbalife estará presente nos uniformes de treino (treinador, atletas e coletes) e nos uniformes de viagem do Flamengo. Além disso, a empresa também contará com placa no campo de treinamento e exposição de produtos no CT e em alguns eventos oficiais do clube. Soube (não é oficial, portanto...!) que esse contrato gira em torno de R$ 3 milhões. Não há confirmação oficial, por enquanto, desse valor.

Enquanto isso, no campo, uns jogadores voltam ao time titular, outros continuam contundidos. Mas isso é assunto para outro post. Ou outros.

Fonte: Primeiro Penta


SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/04/A-cara-pau-predominancia-assuntos-fora-campo.html

segunda-feira, 31 de março de 2014

Uma Copa do Mundo particular no campo do marketing esportivo.









Londres _ Sobre as tábuas de madeira clara que formam o piso do ginásio poliesportivo da universidade de Hertfordshire, as marcações em vermelho, verde e amarelo anunciam a disputa pelo espaço. No centro dele, dois atletas recebem adesivos no peito e na testa para terem o suor analisado pelo programa que a Gatorade apresentou, na última sexta-feira, como novidade da seleção brasileira para a Copa do Mundo. Embora o local da demonstração em nada reproduza a atmosfera que os jogadores encontrarão no Brasil, a sobreposição de modalidades, que formam quadras em todos os sentidos do retângulo, é ilustrativa de uma confusa competição que vai além do campo esportivo.

Ao mesmo tempo em que busca a excelência do desempenho físico, ao criar um programa de hidratação individualizado de acordo com as necessidades de cada jogador, a Gatorade, leia-se Pepsi, investe nas suas próprias necessidades especiais para se aproveitar da visibilidade da Copa do Mundo mesmo sem ter convite para festa. Como sua concorrente, a Powerade é um braço da Coca-Cola, que é patrocinadora oficial da Fifa, a Gatorade não pode ter seus produtos nem logomarca exibidos nos dias e nas vésperas de jogos do Brasil no Mundial. Marca registrada da Fifa, até a expressão “Copa do Mundo” não pode ser usada, seja nos discursos dos executivos ou nas campanhas de quem não faz parte da família Fifa. Mesmo assim, a Pespi disputa uma Copa particular, por meio de sua parceria com a CBF, que envolve suporte científico, fornecimento de produtos e uma quantia em dinheiro não revelada.

— Vamos manter toda nossa operação normal com a seleção até o dia sete de junho, quando começa o blackout — disse o diretor de marketing da Gatorade, Tiago Pinto, referindo-se ao período em que as seleções passam a ter a operação submetida ao padrão Fifa.

Assim como nos jogos e treinos oficiais da Copa, todas as seleções só podem usar Powerade, no futebol americano a exclusividade é da Gatorade. Apesar da clara divisão do mercado, há fronteiras ainda a serem demarcadas. Além dos patrocinadores oficiais, só quem pode exibir suas marcas no torneio são os fornecedores de material esportivo das seleções.

Em 1974, todo o time da Holanda exibia três listras na manga da camisa, salvo Cruijff que se recusava a fazer propaganda de graça para a Adidas. Em boa parte das conquistas do Flamengo anos 1980, Zico usava um esparadrapo para cobrir a marca da empresa por ser patrocinado por outra. Com o tempo, o espaço para ações particulares foi tomado por contratos em que os atletas cedem aos clubes e federações o direito ao uso de sua imagem da cabeça aos tornozelos. Os pés ainda estão livres para cada um seguir seu destino.

No caso das chuteiras, que abriram o caminho para o marketing esportivo nos anos 1960, cada jogador tem direito a um contrato particular, seja para melhorar sua performance esportiva ou financeira. Na Copa de 1970, enquanto toda a seleção brasileira calçava Adidas, Pelé já era o único patrocinado pela Puma.

— A liberdade das chuteiras já é um consenso pela melhora que um determinado modelo pode promover no desempenho do jogador. Precisamos aumentar a discussão. Além das novidades na área de hidratação, há dilatadores nasais, bermudas térmicas e outros produtos que estão fora das regras em vigor — disse Tiago Pinto, entre a necessidade de restabelecer novos limites e o respeito à divisão já existente. — Não vamos entrar no espaço dos outros, assim como não queremos que entrem no nosso. Depois do dia 7, teremos o mesmo suporte de profissionais e produtos mas a decisão de usá-los ou não será da CBF.

Desde a preparação para a Copa das Confederações que a seleção tem bebido na fonte de um estudo que une diversos centros de pesquisa pelo mundo e chegou aos jogadores por meio do professor Orlando Laitano, um gaúcho pós-graduado em Fisiologia do Exercício na Inglaterra que hoje é professor da Universidade de Petrolina, em Pernambuco.

Por meio de análises do suor, da urina e do peso dos jogadores, antes de depois da atividade, é possível medir a quantidade de líquido, carboidratos e sódio que cada um precisa ingerir para manter o melhor desempenho por mais tempo. Enquanto o carboidrato é uma das formas de fornecimento de energia, junto com a queima da gordura, o líquido serve para facilitar o fornecimento de nutrientes às células, entre eles o sódio, que tem papel fundamental, combinado ao potássio, na transmissão do estímulo nervoso que faz o músculo trabalhar. Depois dos testes, iniciados há cerca de um ano, chegou-se a uma concentração ideal que cada jogador deve ingerir antes, durante e depois do exercício. Embora seja facultativo, o programa teve adesão total dos jogadores.

— Desde que a gente se juntou a CBF, a seleção não foi questionada por queda de desempenho — disse Orlando ao tratar do bom rendimento do time no segundo tempo dos jogos da Copa das Confederações como um somatório de fatores, entre os quais se inclui a hidratação. — Misturas para melhorar hidratação e desempenho já são feitas por quem aplica a ciência no esporte. A nossa novidade é medir a necessidade individual no esporte coletivo.

Trinta jogadores indicados pela CBF já recebem kits em suas casas com produtos a serem misturados de acordo com a prescrição. Na CBF, o trabalho de juntar sódio, carboidrato e água, com o sabor preferido do jogador, era feito às colheradas por roupeiros e funcionários da Gatorade. Agora, para facilitar a tarefa, existem cápsulas com a concentração específica de cada atleta, que são acopladas a uma garrafa inteligente. Além de facilitar a mistura, o equipamento manda sinais digitais que permitem à comissão técnica controlar a quantidade ingerida e a necessidade de mais ou menos hidratação.

Com uma luz vermelha intermitente na tampa, a garrafa é tão reluzente quanto a logomarca da empresa que transformou o simples ato de matar a sede num produto cada vez mais sofisticado. Todo o trabalho de lançamento obedece ao mesmo conceito que une tecnologia com alto desempenho. No vídeo de demonstração, a reprodução do fluxo de carboidratos e sais minerais pelo corpo mostra o quanto os músculos, inclusive o coração, dependem de condições ideais para pulsar no ritmo que um campeonato do mundo exige .

Do contrário, a desidratação faz o sistema operar no limite da ruptura. Acostumado a conviver com a explosão, seja de gols ou das fibras musculares, Fred é um dos jogadores que mais preocupam a torcida, embora goze da confiança da comissão técnica. Perguntado se o atacante era quem mais precisava seguir a receita da Gatorade, o coordenador Carlos Alberto Parreira brincou:

— Todos tomam. Antigamente o jogador comia só bife com purê o corria do mesmo jeito — disse Parreira ao lembrar dos tempos em que o futebol brasileiro fazia tudo do mesmo jeito para se manter vencedor.

A abertura ao novo é gradual. Certa vez, em palestra os jogadores do Corinthians, o então atacante Luizão saiu da sala quando a nutricionista falou que era preciso evitar o consumo de refrigerantes. Apesar de ter contrato com a CBF desde 2010, a aproximação da Gatarode só se intensificou nos últimos dois anos.

— Futebol é baseado em crenças no talento e no improviso, que o afastam da ciência, mas as novas tecnologias mostram que a ciência está aí para melhorar a vida das pessoas — disse Laitano.

A evolução traz novos produtos e significados para antigas práticas. Suar a camisa hoje não é apenas demonstração de empenho. Serve para medir as perdas químicas. Nos tempos em que repunham a energia com um a jarra d’água e uma bandeja de frutas, os jogadores de desafiam, em tom de brincadeira, no vestiário com a seguinte indagação: “já chupou laranja com quem? Hoje, nem as garrafas são compartilhas. Cada um tem a sua. No campo dos negócios, no entanto, a marcação dos territórios ainda tem áreas que se sobrepõem, como as linhas coloridas do ginásio de Hertfordshire. Capaz de desidratar o espaço ocupado pela concorrência na mídia, resta saber se a garrafa inteligente vai sair das ações de marketing para a rotina de trabalho da seleção. Entre tantas preocupações de uma comissão técnica numa Copa do Mundo, a mais importante é matar a sede de títulos.

Fonte: O Globo


SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/03/Uma-Copa-Mundo-particular-campo-marketing-esportivo.html