Mostrando postagens com marcador morre. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador morre. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Agoniza mas não morre.









República Paz e Amor - Quando Nelson Sargento compôs a obra-prima Agoniza mas não morre, no final da década de setenta, o campeonato carioca era empolgante. E o Flamengo começava a pôr em campo o que viria a ser o melhor e mais vitorioso time da sua história – para infelicidade, aliás, do grande Nelson, um sambista de primeira que que escolheu torcer por um time de segunda. Ninguém é perfeito.

 Trinta e poucos anos depois, dá dó e dói demais ver o campeonato carioca trasformado em algo indigente e tão esvaziado. Ao contrário do que aconteceu na Europa, nosso gosto pelo futebol foi alimentado pelas rivalidades entre vizinhos. Lá, poucas cidades têm mais de um clube de peso. Milão, Londres, Manchester, Lisboa, mais uma ou duas. Aqui, tudo sempre foi de outro jeito. Igual a qualquer torcedor da minha geração, comecei a gostar de futebol por causa da paixão que o campeonato carioca provocava e de muitos dos seus momentos inesquecíveis – tanto para o bem como para o mal. Entretanto, como diz um dos trechos de Agoniza mas não morre, “Mudaram toda a sua estrutura / Te impuseram outra cultura / E você não percebeu.”

 Há quem defenda o desligamento sumário dos aparelhos. Por conta de uma gigantesca e deliciosa memória afetiva, tenho minhas dúvidas. É forçoso admitir que as fórmulas tentadas têm se revelado frágeis, mas será que não há nada a ser feito? O que sei é que não podemos nos conformar com um campeonato carioca decidido no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, e com menos de 15 mil pessoas pagando ingresso. Aconteceu em 2013.

 Fato é que o carioquinha está aí batendo na porta, e não há outra opção a não ser ganhá-lo. Para nós, rubro-negros, até pouco tempo ele ainda trazia o desafio de ser a única competição em que víamos um adversário carioca à nossa frente. Mas o século XXI se encarregou de acabar com a idiossincrasia. Não precisamos mais virar o jogo, é só administrar o resultado.

 Apesar de nossa reconhecida humildade, não dá pra não dizer que somos favoritos. A questão é – e aí está a maior de todas as graças do futebol – que isso não representa grandes coisas. Por outro lado, cabe à comissão técnica rubro-negra ser criteriosa o bastante para fazer exatamente o que deve ser feito nos momentos de escalar ou poupar, manter em campo ou substituir. Vale lembrar: ano passado, demos mole. Contundidos em uma partida do Brasileirão que, àquela altura, pouco valia (contra a Chapecoense), Léo Moura e sua experiência, Gabriel e sua porra-louquice fizeram falta na desastrosa eliminação para o Atlético Mineiro na semifinal da Copa do Brasil.

 Sou péssimo para compreender e avaliar jogadas políticas, mas tudo leva a crer que os estaduais têm resistido por conta dos interesses das federações e da mentalidade tacanha de uns poucos grandes clubes – o que fica evidente na posição adotada pelo Vasco na questão do tabelamento dos preços dos ingressos. Eurico Miranda pode carregar todos os defeitos do mundo, mas de bobo não tem nada. Ele sabe que o campeonato vai começar, seu fraquíssimo time vai ganhar da Cabofriense e do Madureira por quatro a zero, a torcida vai cantar que o campeão voltou, a imprensa vai elogiar os 100% de aproveitamento obtidos na segunda rodada e todos fingirão acreditar que tudo vai bem. Aí chega a semifinal, acontece uma surpresa, é lucro. Se perder, põe a culpa no juiz e, como diz minha mulher, assim a vida vai fluindo.

 E assim segue, em estado terminal, o campeonato que já teve partidas com mais de 150 mil pessoas no estádio e que contribuiu decisivamente para fazer do velho Maraca a praça futebolística mais famosa do planeta. Pelo menos, ele segue embalado pelo belo samba de Nelson Sargento: “Agoniza mas não morre / Alguém sempre te socorre / Antes do suspiro derradeiro.”

Jorge Murtinho




SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2015/01/agoniza-mas-nao-morre.html

domingo, 14 de dezembro de 2014

Morre o atacante Radar, ex-Flamengo.









Morreu na noite do último sábado, aos 58 anos, em Votuporanga-SP, o ex-atacante João Roberto Cavalcante da Silva, o Radar, que lutava contra um câncer no pulmão. O ex-jogador, que em 1978 atuou pelo Flamengo ao lado de Zico, está sendo velado no velório municipal da cidade paulista e será enterrado às 15h.

Radar defendeu o Rubro-Negro carioca em 1978, tendo disputado 21 partidas e feito dez gols. Quatro foram só na goleada por 4 a 1 diante do Bangu, no Campeonato Carioca daquele ano. O ex-atacante, que iniciou a carreira na Ponte Preta, ainda defendeu a Portuguesa, Rio Verde-GO, Santo André, Ferroviária, Penafiel-POR, Votuporanguense, Corumbaense e Rio Branco-SP.

Radar morava em Votuporanga desde que encerrou a carreira, aos 29 anos, e teve, por mais de 30 anos, uma escolinha de futebol da Secretaria de Esporte. Estava aposentado e lutava contra um câncer no pulmão, anos depois de ter feito um transplante de fígado.

O ex-jogador era casado e tinha um casal de filhos.


Fonte: GE


SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/12/morre-o-atacante-radar-ex-flamengo.html

domingo, 7 de dezembro de 2014

Morre Ayer Andrade, funcionário do Fla há mais de 50 anos.









Funcionário do Mais Querido do Mundo há 50 anos, Ayer Andrade morreu neste sábado (06.12) em decorrência de complicações do câncer. Homenageado na festa para o Maestro Júnior, na Gávea, ele era profissional do departamento de futebol e foi imprescindível na formação da geração de ouro dos anos 80.

"A pessoa que me segurou aqui foi Ayer Andrade. Ele me registrou na federação para que eu não saísse mais. Meu pai até brigou com ele, tinha só 14 anos de idade e nem sabia se iria jogar ou não", revelou Zico, em 2010. O maior ídolo do clube explicava que após o seu primeiro jogo, já foi inscrito para evitar o assédio de outros clubes. O Galinho voltou a contar a história de seu registro e lamentou a morte de Ayer com uma mensagem via Facebook:

"Hoje foi um dia muito triste pra mim ao receber a notícia do falecimento de um dos maiores amigos que fiz no Flamengo: Ayer Andrade. E por incrível que pareça ele foi responsável quando eu cheguei lá pela minha permanência ao me registrar logo na federação até mesmo sem a autorização de meu pai. Naquela época pra você sair depois de registrado tinha que fazer um estágio em outro clube por dois anos e não podia ser registrado na Federação de Futsal. Ayer deixou tudo registrado de todos os jogos do clube e quando eu parei me passou desde a escolinha até meu último jogo como profissional. Meus sentimentos a sua mulher e minha amiga Josefa, e o luto de toda a família rubro-negra que tanto aprendeu a admirá-lo por tantos anos de amor dedicado ao Flamengo. A última vez que falamos foi na Gávea no jogo dos 60 anos do Junior e a foto abaixo é dessa data, enviada pelo Bruno Lucena. Ele deu o pontapé inicial do jogo.

Descanse em paz e obrigado, amigo Ayer"

O enterro de Ayer será neste domingo (07.12), às 11h, na capela 4 do cemitério São João Batista. Em sua homenagem, o Flamengo fará um minuto de silêncio antes do jogo contra o Grêmio neste domingo (07.12). A equipe também atuará com uma tarja preta no escudo do Manto Sagrado como sinal de luto.

Fonte: Site Oficial do Flamengo


SRN

Fonte: http://www.noticiasfla.com.br/2014/12/morre-ayer-andrade-funcionario-do-fla-ha-mais-de-50-anos.html