segunda-feira, 4 de maio de 2015

Pitacos do Ricardo: Sem Casa 0x1 Flamengo – Ninguém quer ver o óbvio?


















Nobres Rubro Negros uni-vos!














Sem dúvida, o jogo mais importante desse último fim de
semana foi o do nosso Flamengo. Afinal, jogar contra o Icasa, mesmo sendo um
jogo-treino, nos deixou em um estado de angústia, pois no inconsciente coletivo
do flamenguista, nosso esquadrão tem que jogar com raça, amor e paixão sempre,
e golear é uma obrigação.





Ironias à parte, aparentemente boa parte da Magnética ainda
não percebeu que o grande problema do Flamengo não está mais nas páginas
policiais, na dívida galopante, na falta de um estádio próprio. O contratempo é
pontual e passa por questões objetivas. Ocorre que CND (Certidão Negativa de
Débito) não enche barriga de torcedor, principal dos corneteiros do apocalipse,
que já começaram a fazer conta para os 45 pontos no Brasileirão.





O que aconteceu nessa partida contra o Icasa é emblemático,
pois resume o que sempre ocorreu quando jogamos contra adversários que optam
pelo sistema defensivo para enfrentar o Mengão. Nossa tática para superar esta
contingência é sofrível: chutão para frente e/ou correria, que eventualmente
dão certo, muito eventualmente.





O Flamengo versão 2015, consequente a versão 2014, sempre
jogará melhor com adversários que saem para o jogo, possibilitando espaços para
Marcelo Cirino, Everton, Gabriel, Paulinho e Nixon partirem para cima dos
adversários em velocidade. Com situações assim propícias, até mesmo Alecsandro
pode nos ser útil. Mas o problema é que os outros times já sabem que jogar aberto
contra o Flamengo pode ser fatal.





Para os desesperados, que teimam em temer nosso futuro
rebaixamento no Campeonato Brasileiro, eu só tenho uma coisa a dizer: CALMA!
Não existem seleções disputando a competição, que tende a ter mais uma não de
grande equilíbrio, sem grandes elencos. Não que seja fácil para o Flamengo,
longe disso, mas comparativamente não perdemos nada para os demais elencos nas seguintes posições:
goleiro, zagueiros, laterais, e até mesmo atacantes.





O calcanhar de Aquiles do Flamengo está no meio de campo,
onde claramente nos faltam jogadores criativos. Reclamam que só temos volantes,
mas discordo. Se tivéssemos volantes bons de bola, tal argumento seria inócuo.
O problema é que temos jogadores com características semelhantes, com Canteros
sendo um dos poucos que pode fazer algo diferente. A prova de nossa deficiência
é a titularidade de Márcio Araújo que, me desculpe seus fãs, mas não tem a
menor condição de estar em um elenco profissional do Flamengo.





O meio campo do Flamengo pode ter Jonas, Cáceres e Canteros,
mas precisa de um meia armador tradicional. Ocorre porém que essa figura é rara
no futebol brasileiro contemporâneo. Na minha compreensão, o nome que se
encaixaria seria o de Ganso, o que tem se demonstrado improvável e inviável,
diante da política de austeridade fiscal e financeira por qual passa o Fla.





Robinho vem sendo cogitado. Mas Robinho não é um meia clássico.
Até pode ser utilizado dessa forma em decorrência de sua enorme qualidade
técnica e experiência, mas Robinho rende muito mais se tiver alguém de
qualidade ao seu lado, a exemplo de Lucas Lima, como ocorre hoje no Santos.





Na minha opinião, se Robinho puder ser contratado poderá ser até mais útil que Ganso seria, mas não tenho bola de cristal, só especulo. Com
Robinho poderíamos ter dois volantes, com variável para três, mas alternando
com a escalação de Almir, que já se revelou como peça útil, em função de suas
características.





Almir é um meia armador, que sabe cadenciar o jogo, que tem
habilidade e inteligência, mas que demonstra limites físicos, que provavelmente
podem ser superados. Na minha opinião, Almir tem mais chances de ser titular no
time atual que Arthur Maia. Este possui qualidades de meia atacante, e pode ser
útil entrando no decorrer do jogo, mas que se perde quando tem que cumprir as
funções de armador.





A situação do Flamengo na posição é tão grave que, quando
voltamos no famigerado 0x0 contra o Nova Iguaçu, o comportamento da equipe mudou com a entrada do jovem Jajá, da base do Flamengo. O time foi outro a partir de
um meia armador em campo. Não venceu, mas criou mais. Não fosse a péssima fase
do Eduardo da Silva, teríamos sido campeões da Taça Guanabara.





Não ser campeão, e até mesmo a eliminação pelo grotesco Vaco
da Gama não podem nos servir de motivo para dizer que está tudo ruim, por que
não está. Por exemplo, quem exige a saída de Luxemburgo a essa altura da
temporada se esquece das consequências da chatérrima dança dos treinadores.
Para nós custou quase o rebaixamento com Enganey Franco no ano passado.
Acreditem! Não há nomes melhores que nosso atual treinador disponíveis no
mercado. Todos estão empregados. Uma eventual saída de Luxa representaria Jayme
de Almeida, Joel Santana, ou similares.





Luxemburgo sabe exatamente quais são os problemas do
Flamengo, por isso clama por reforços que, são óbvios: um meia armador, ou um
meio de campo com elevada qualidade técnica, um zagueiro técnico e um atacante
no estilo Lucas Pratto, que foi para no Galo das Alterosas por questões
obscuras, pois o Atlético Mineiro tem problemas financeiros do tipo bomba
relógio, que a qualquer momento podem explodir.





Muitos querem que o Flamengo contrate a qualquer custo. Mas
todos sabemos que a pedida de Robinho para nosso clube foi na ordem de um
milhão de reais mensais. Fica a pergunta, vale a pena investir tanto em um jogador
maduro como Robinho? Seria um novo Miguezinho Gaúcho? E Ganso? Ou esperamos por
mais um ano ou dois, ou mais?





O torcedor quer títulos a qualquer custo? Ou será que
podemos aguardar um pouco mais, enquanto tocam as cornetas do apocalipse? Onde está
a paciência? A crença nos frutos na base? A aposta no trabalho de longo prazo?
O que já perdemos em 2015 é relevante? Um Carioca de merda importa?





Eu quero um Flamengo forte e vencedor. O atual ainda não me
satisfaz, mas já deu mostras de que pode estar no caminho certo. Vencer o Icasa
serviu mais para vermos nossos limites, que podem ser superados. Restam-nos
algumas opções:


1     1)     
Torcer só quando tivermos um time impecável;


2     2)     
Tocar as cornetas;


3     3)     
Torcer incondicionalmente.





O que você fará?







Cordiais Saudações Rubro-Negras! 





Ricardo Martins - Embaixada Fla BH



SRN

Fonte: http://flamengoeternamente.blogspot.com/2015/05/pitacos-do-ricardo-sem-casa-0x1.html

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